Salah perde pênalti, e Senegal vence Egito de novo para ir à Copa do Mundo
A seleção senegalesa venceu o Egito na tarde de hoje (29) e garantiu seu lugar na Copa do Mundo deste ano. No estádio Abdoulaye Wade, o Senegal venceu no tempo normal por 1 a 0 (Hamdi Fathi, contra), levou a melhor também nas cobranças de pênaltis e sobreviveu às Eliminatórias Africanas. Desta forma, o Mundial no Qatar terá Sadio Mané, mas não Mohamed Salah.
A classificação é o segundo triunfo consecutivo de Senegal sobre o Egito. Os senegaleses já haviam vencido a final da Copa Africana de Nações em janeiro, também nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal. Classificado à Copa do Mundo, o Senegal agora aguarda o sorteio da sexta-feira (1º) para conhecer seus adversários da fase de grupos.
A disputa de pênaltis teve quatro cobranças perdidas na sequência, logo de cara, incluindo a de Salah. Depois três gols seguidos. Então o goleiro Mendy defendeu a cobrança de Mostafa Mohamed no meio do gol, e Sadio Mané resolveu a parada com uma batida forte: 3 a 1 e vaga na Copa para o Senegal.
Como foi o jogo
A partida começou disputada até demais, com algumas entradas violentas. Em meio ao início tenso, o Senegal abriu o placar logo aos três minutos: em uma cobrança de falta na área, Boulaye Dia brigou pela sobra de bola com os zagueiros até que Fathi fez o gol contra.
O gol deixou tudo igual no mata-mata, afinal o Egito havia vencido por 1 a 0 no Cairo. O Senegal aumentou o ritmo e tomou conta do jogo: teve muito mais posse de bola (62%), criou mais chances e finalizou oito vezes só no primeiro tempo, mas não conseguiu virar. O Egito só se animou na etapa final, quando abandonou a retranca e passou a aceitar um jogo mais franco.
Nem Salah, nem Mané tiveram grandes lances de protagonismo até então, mas a atenção que atraíam deixava os companheiros livres: aos 30 do segundo tempo, por exemplo, Zizo balançou dentro da área, passou por dois marcadores e quase empatou para os visitantes. Daí em diante o Egito ameaçou mais, mas a melhor chance foi desperdiçada por Ismaïla Sarr, que teve a bola da classificação no pé direito após passe de Mané, mas mandou para fora. Assim, o jogo foi para a prorrogação.
O tempo extra teve um show do goleiro Mohamed El-Shenawy, que salvou o Egito três vezes seguidas: primeiro em cabeceio de Cissé, depois em batida à queima-roupa de Ismaïla Sarr, e outra vez em chegada do zagueiro Cissé, desta vez já caído no chão. Foi o heroísmo do goleiro egípcio que levou tudo aos pênaltis; não fosse ele, o Senegal teria se classificado ainda com a bola rolando.
Egito denuncia racismo e ataque à ônibus
Durante a partida, a Federação Egípcia de Futebol publicou uma nota oficial em que denunciou um ataque a seu ônibus. Os egípcios dizem ter reclamado oficialmente junto à Fifa e à Confederação Africana. "Nossa seleção ainda foi submetida a racismo, cartazes na arquibancada com ofensas a nossos jogadores, especificamente Mo Salah", diz o comunicado.
O comportamento da torcida dentro do próprio estádio foi um assunto à parte: várias garrafas foram atiradas no gramado, e durante o jogo inteiro, do início ao fim, teve lasers na cor verde direcionado aos jogadores em campo. A arbitragem deixou tudo seguir, sem nenhuma intervenção.
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