Botafogo inicia 'era Textor' de olho em tiro curto, reforços e estrutura
A chegada do técnico Luís Castro representou um importante passo na 'era John Textor' no Botafogo. Com o trabalho no futebol do clube iniciado de forma mais efetiva, e em meio às mudanças na pasta, há a projeção de que a nova fase tenha objetivos a curto, médio e longo prazo.
Em um olhar mais imediato, a diretoria analisa o elenco, avalia o mercado e busca um local para os treinamentos do grupo principal. Logo de cara, Castro indicou querer trabalhar um plantel com 27 jogadores, e mais os três goleiros, e, assim, a cúpula examina os nomes que permanecem e os que terão o time B como destino.
Atualmente, somando quem já estava à disposição e os reforços recém-chegados, são quase 40 jogadores. E há a intenção de acertar com mais três atletas antes da estreia no Brasileirão.
Além disso, Textor busca viabilizar um local para que o elenco possa realizar os treinamentos, e estuda algumas possibilidades que possam suprir essa carência de maneira mais imediata. A pauta já vinha sendo debatida e ganhou ainda mais força sob pedido do novo treinador.
"Não vamos esconder nada. Temos muitas dificuldades. Não temos espaço para treinar, mas não é desculpa. Vamos ter que ganhar assim mesmo. Sou responsável por tudo que acontece no Botafogo. Aceitei o clube como ele está e aceitei fazer o desenvolvimento dessa estrutura. Terminando o treino perguntei onde treinaremos amanhã. Não sabemos. Hoje em dia é fundamental ter um centro de treinamentos. Não adianta comprar um carro e não ter estrada para andar com o carro. Vamos organizar rapidamente e tentar atravessar essa zona mais turbulenta e entrar em velocidade de cruzeiro. Os departamentos do clube estão muito bem definidos", disse o treinador Luís Castro, durante a coletiva de apresentação, realizada ontem (29).
Uma das possibilidades que se desenha no horizonte é uma aceleração das reformas no espaço Lonier, local que pertence aos irmãos Moreira Salles, torcedores declarados do Alvinegro. Porém, inicialmente, há obstáculos para que tal perspectiva possa ir à frente e suprir a carência imediatamente.
Até por este motivo, a questão do centro de treinamento também está no plano a médio prazo. Mesmo que o Glorioso consiga um espaço para passar a utilizar brevemente, há a leitura de que o clube precisa de uma estrutura para as atividades dos jogadores, e até integração com as categorias de base.
Nesta etapa também está a chegada de reforços. O Botafogo projeta a chegada de três nomes na janela de transferências do meio do ano, e a ideia é que, aos poucos, se forme uma equipe que possa competir na parte de cima das principais competições da temporada.
A diretoria e a comissão técnica sabem que, apesar dos novos atletas que chegaram, o trabalho pode não render os frutos esperados em um espaço curto. Luís Castro, por sua vez, demonstrou ter ciência de que as vitórias vão dar tranquilidade para que o trabalho possa ser levado sem tanta pressão.
"Sobre o nosso plantel, que é decisivo para ter sucesso, está sendo construído e de forma dificílima. Estamos tentando jogadores, mas que os clubes não liberam. A essa altura do mais à frente, teremos estrutura e um time melhor, só que não temos esse tempo agora. Nosso grande desafio é rentabilizar o que temos. Por isso conto com o apoio dos líderes de departamento e também da torcida para fazermos do Botafogo cada vez maior e melhor. A energia é decisiva", apontou o novo treinador.
A ideia é que, passado esse primeiro momento, o Botafogo tenha um elenco em consonância com o conceito da comissão técnica e possa ir ao mercado por contratações mais pontuais, em posições que se considere que há lacunas mais evidentes.
A longo prazo, com a casa "mais arrumada", o Alvinegro quer estar em pé de igualdade na disputa com times que hoje já têm elencos mais fortes e lutam pelos títulos, como são os exemplos de Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras.
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