Flamengo: defesa de Ramon contesta denúncia do MP e vê 'inconsistência"
Após o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciar Ramon, jogador do Flamengo, pelo atropelamento que resultou na morte do ciclista Jonatas Davi dos Santos, a defesa do atleta apontou inconsistência na denúncia revelada inicialmente pelo "O Globo".
Por meio de comunicado (veja a íntegra ao final do texto), a empresa que representa o jogador e o advogado Xisto Mattos disseram não estar de acordo em relação à velocidade do carro do jogador no momento do acidente.
O promotor Marcos Kac apontou que ele estaria a 102 quilômetros por hora, mas a informação foi contestada pelos responsáveis pelo atleta, que afirmam que a polícia atestou uma velocidade menor no inquérito policial.
"A denúncia do órgão entra em conflito com o inquérito policial ao afirmar que Ramon não guardou a segurança necessária na via e comete um erro ao afirmar que ele estava conduzindo o veículo a 102 km/h no momento do ocorrido. A própria autoridade policial constatou, na realidade, número diferente do registrado pelo MP", diz trecho da nota.
Na ocasião, Ramon prestou socorro a Jonatas, mas ele não resistiu aos ferimentos mesmo após a intervenção dos bombeiros.
Relembre o caso
No dia 4 de dezembro de 2021, Ramon dirigia um Honda Civic na Avenida das Américas quando atropelou o ciclista Jonatas David dos Santos. O acidente aconteceu enquanto o ciclista realizava uma entrega. A vítima foi socorrida no local, chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Após o acidente, foi o atleta quem prestou o socorro imediato e acionou o atendimento à vítima.
NOTA COMPLETA
"A UJ Football Talent, juntamente com o advogado Dr. Xisto Mattos, vem a público se pronunciar sobre a situação do atleta Ramon, lateral do Flamengo.
Ramon foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro após um inquérito policial que analisou fatos ocorridos no dia 4 de dezembro de 2021, quando sofreu um acidente de carro na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, junto ao ciclista Jonatas Davi dos Santos, que não sobreviveu após uma colisão com o carro do jogador.
Ainda consternado pelo episódio, mesmo três meses depois, Ramon, lamenta profundamente a perda de Santos, acompanhado da UJ e de seus representantes legais, manifestando seu profundo respeito aos familiares e amigos do ciclista.
Ao mesmo tempo, informa que estuda, junto ao advogado Xisto Mattos, uma resposta às injustas acusações do MP fluminense. A denúncia do órgão entra em conflito com o inquérito policial ao afirmar que Ramon não guardou a segurança necessária na via e comete um erro ao afirmar que ele estava conduzindo o veículo a 102 km/h no momento do ocorrido. A própria autoridade policial constatou, na realidade, número diferente do registrado pelo MP.
Além disso, Ramon destaca que prestou o socorro adequado a Santos e esteve ao lado da família do cicilista em todos os momentos necessários. Também colaborou e segue em contato com as autoridades para melhor resolução do caso. Natural de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Ramon é conhecido no futebol pela conduta ética e correta, afeita aos bons costumes e às boas práticas, frutos de sua criação familiar com valores mantidos ao longo da carreira, inclusive em momentos de dificuldade como esse.
Outras questões de mérito serão tratadas no processo pela defesa."
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