Grêmio: Lucas Silva ressurge após Gre-Nal, gol e 'vácuo' no time titular
As escalações do Grêmio, e os números, comprovam: Lucas Silva ressurgiu. O volante, autor do gol da vitória contra o Ypiranga-RS, no jogo de ida da final do Gauchão, reapareceu na equipe depois de perder espaço sob o comando de Roger Machado. Fruto de um vácuo no meio-campo do time, de boas estatísticas e da atuação no Gre-Nal.
O Grêmio conta com o camisa 16 para confirmar a vantagem e ser pentacampeão gaúcho no final de semana. O time recebe o Ypiranga-RS no sábado (2), às 16h30 (de Brasília), na Arena.
É verdade que Lucas Silva terminou 2021 com desempenho individual melhor do que nos meses anteriores. A ponto de o volante ser elogiado por torcedores e diretoria, mesmo com o rebaixamento no Grêmio no Brasileirão.
Durante janeiro e fevereiro, a cúpula gremista segredou que contava (e muito) com a experiência do ex-jogador de Cruzeiro e Real Madrid para encarar a Série B. Não à toa, o volante já atuou em dez das 15 partidas do Tricolor na atual temporada.
Os cinco jogos de diferença, entre a lista de partidas do time e de Lucas Silva, compõem o momento em que o volante perdeu espaço. Entre a saída de Vagner Mancini e a chegada de Roger Machado, o Grêmio viu o time passar por mudanças e testes.
Lucas Silva jogou contra o Mirassol, no jogo que culminou com a eliminação na Copa do Brasil, e depois saiu da equipe. Ficou no banco durante empate em 1 a 1 com o Novo Hamburgo e na derrota por 1 a 0 para o Internacional. Até voltar no decorrer da última rodada da fase de classificação, na vitória de 2 a 0 em cima do Ypiranga-RS. E reaparecer como titular no primeiro Gre-Nal da semifinal, no estádio Beira-Rio, no dia em que o Grêmio fez 3 a 0 em cima do Inter.
Segundo o Footstats, sote especializado em estatísticas, Lucas Silva é o melhor jogador de linha do Grêmio em lançamentos. O volante fica bem atrás de outros jogadores do elenco quando os fundamentos são desarme ou interceptação. Mas é justamente o passe longo que fez o jogador voltar ao time. Além de boa avaliação em treinos.
Lucas Silva formou, ao lado de Villasanti e Bitello, o trio de volantes que conduziu o Grêmio à vitória histórica em cima do Inter — o maior placar gremista no Beira-Rio desde 1977. A atuação do time, e do volante, viraram modelo de jogo para o momento atual da equipe.
Roger encaixou Lucas Silva depois de testar outras formações de meio-campo, inclusive com outros jogadores. No vácuo deixado pelas demais alternativas, o camisa 16 se deu super bem e voltou à equipe.
No segundo clássico válido pela semifinal, na Arena do Grêmio, Lucas Silva foi designado para usar e abusar da bola longa. Contra o Ypiranga, em Erechim, foi ele quem mais se soltou dos volantes para pressionar a saída de bola do time da casa. E no fim, coube ao próprio cobrar pênalti que deu vantagem no confronto decisivo do Gauchão.
Nos bastidores, o Grêmio entende que o meio-campo ainda vai mudar para a disputa da Série B. O clube tenta a contratação de um meia, espécie de camisa 8, para ser opção. Mas até lá, Lucas Silva ressurgiu. E quando o novo reforço chegar, vai disputar posição.
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