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Presidente do PSG diz que recusou R$ 2 bi para entrar na Superliga

Nasser Al Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain (PSG) - Aurelien Meunier - PSG
Nasser Al Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain (PSG) Imagem: Aurelien Meunier - PSG

Do UOL, em São Paulo

31/03/2022 10h27

Nasser Al-Khelaïfi, presidente do Paris Saint-Germain, disse ter rejeitado um cheque de mais de R$ 2 bilhões no ano passado para ingressar na Superliga Europeia. Em entrevista à BBC, o mandatário do clube francês ainda contou que foi desconvidado após ter recusado a proposta.

"Eu poderia ter aceitado o cheque [da Superliga] de R$ 2,1 bilhões. Eles me convidaram. Então, quando eu disse não, eles disseram que não me convidaram, e isso resume tudo", afirmou Al-Khelaïfi.

Em abril de 2021, um grupo de gigantes europeus propôs a criação de um torneio de elite com 20 clubes, sendo 15 equipes fixas e cinco convidadas. No entanto, a ideia capitaneada por Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madri, Juventus, Inter de Milão, Milan, Arsenal, Chelsea, Manchester City, Manchester United, Liverpool e Tottenham durou apenas dois dias por conta da pressão pública.

O chefão do PSG acrescentou na entrevista que Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e um dos maiores entusiastas da Superliga, retomou o assunto sobre o torneio durante o confronto entre as equipes na Liga dos Campeões. "Ele disse: 'Temos que chegar a um ponto que possamos falar com você". Eu fui muito duro com ele", contou.

"Disse que estava feliz em falar, mas se ele ia fazer coisas pelas minhas costas, não estava interessado", acrescentou Al-Khelaïfi. "As pessoas estão morrendo na Ucrânia e não têm onde dormir, e estamos brigando pela Superliga?", completou.

O qatariano ponderou que entende o interesse por duelos mais regulares entre grandes times, mas deu sua opinião sobre a problemática do torneio. "Quero jogar essas partidas, as grandes partidas, claro que quero. Eu sei o que o público quer. Mas não podemos dizer 'você é um clube pequeno, está fora'. Tem que ser um sistema aberto, onde haja respeito por todos", explicou.

O presidente do PSG finalizou ressaltando que o potencial para a criação do torneio, que se tornaria o principal do planeta, não existe mais. "Eles sabem que não há chance", concluiu.