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Abel Braga se diverte com novo título pelo Flu: 'Mas não sou unanimidade'

Abel Braga, técnico do Fluminense, durante final do Carioca 2022 contra o Flamengo - Thiago Ribeiro/AGIF
Abel Braga, técnico do Fluminense, durante final do Carioca 2022 contra o Flamengo Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

02/04/2022 21h28

Campeão do Carioca, o técnico Abel Braga fez elogios à atuação do Fluminense e disse que, pela trajetória da equipe na competição, o título foi merecido. O Tricolor assegurou o troféu após o empate em 1 a 1 com o Flamengo, no Maracanã — no primeiro jogo, o time das Laranjeiras havia vencido por 2 a 0.

O treinador brincou com o fato de ter participado dos três últimos títulos do clube no Estadual e disse que a atual conquista foi "espetacular".

"É um momento especial porque, coincidência ou não, nos três últimos títulos de Carioca [2005, 2012 e 2022], eu estava presente nesse clube. É um motivo de orgulho. Pelo jogo, foi até um pouco surpreendente. Sofremos um gol em lance que foi treinador e conversado, e foi a única vez que o Flamengo criou problema. E a gente sempre se preocupa. Os jogadores foram impecáveis. Foi espetacular. No segundo tempo, aquele final, é normal. Cada vez mais o Flamengo vai apertar, colocar a bola lá em cima. No corpo geral, o título foi merecido", disse.

Abel Braga lembrou a longa relação com o Flu, clube onde foi criado, e ressaltou o calendário recente do Tricolor, lembrando que o Rubro-Negro ficou dez dias sem jogos após a semifinal do Carioca.

"Aqui tudo começou para mim. Eu era um menino que morava na Penha, estudava. Classe média baixa. Depois, veio faculdade, essa cosa toda... Seleção de base. Desde o início, aprendi muito. Depois, com o profissional, tem de deixar isso um pouco de lado. Fui para um outro grande clube, que é o Vasco. Depois, PSG... Mas isso [relação com o Fluminense] não pode cair no esquecimento. A relação com os tricolores é muito forte. Não quero, nem devo ser unanimidade, mas sei que o torcedor gosta de mim como amo eles. Você viu o que eles transmitiram de energia em campo. Os caras se superaram", completou.

O comandante também enalteceu a organização da equipe: "Um dos melhores [primeiros tempos] do Fluminense nesse ano. Se você não fizer uma marcação mais alta contra o Flamengo, ele te joga para trás e aí começa aquela história de estar jogando com a vantagem. Nosso jogo coletivo está muito forte. Hoje a organização da equipe foi fantástica".

O treinador fez elogios ainda ao atacante Cano, autor dos três gols do Fluminense na final:

"Trabalhei com ele três meses no Vasco. Posso te garantir, não pelos gols que tem feito porque lá também cansou de fazer gol, mas eu não tinha visto o Cano tão feliz como nesse momento. Uma relação muito boa de grupo. No Vasco, ele me chamava, como os uruguaios, argentino, de "profe". Aqui, me chama de "Abelão". Está à vontade, tranquilo, deve estar orgulhoso porque o maior ídolo do clube está no banco para ele no momento, futebol é assim, então acho que nada mais justo que uma grande homenagem para ele".

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