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Gasolina paga por jogadores e mãos atadas: os detalhes da crise do Chelsea

Escudo do Chelsea em um dos portões do estádio Stamford Bridge, em Londres - REUTERS/Toby Melville
Escudo do Chelsea em um dos portões do estádio Stamford Bridge, em Londres Imagem: REUTERS/Toby Melville

Do UOL, em São Paulo

05/04/2022 09h50

Mais de um mês depois de o Chelsea ter sido colocado à venda pelo oligarca russo Roman Abramovich, o atual campeão mundial vive dias atípicos e complicados. Por conta das sanções do governo inglês, as contas do clube estão congeladas e os jogadores estão tendo que arcar até com o combustível utilizado em viagens, de acordo com o 'Marca'.

O jornal espanhol detalha que os Blues foram atingidos por um "terremoto completamente estranho para fãs, jogadores e treinadores de futebol". As decisões das autoridades britânicas implicaram que todos os funcionários com contratos dependentes das empresas de Abramovich tivessem que interromper suas atividades com o clube.

Sendo assim, profissionais de comunicação, marketing, recursos humanos, contabilidade, fisioterapia e medicina estão afastados, enquanto os colaboradores que atuam com a equipe principal seguem em ação. Os executivos do clube, por sua vez, continuam em seus cargos, mas sem qualquer poder de decisão.

Mãos atadas

A diretora geral do Chelsea, Marina Granovskaia, permanece comparecendo nas instalações, mas sem conseguir realizar operações que fogem do dia a dia do clube. Por isso, ações como renovar de contratos, contratar jogadores ou mesmo ativar cláusulas de contratos estão temporariamente suspensas.

Os funcionários que continuam em atividade estão recebendo seus salários, mas despesas extras estão impedidas já que as contas do clube estão congeladas. Segundo o periódico, os jogadores tiveram que tirar de seu próprio bolso para pagar o diesel do ônibus para viajarem a Middlesbrough, para a partida da Copa da Inglaterra.

A venda do clube está sob supervisão do banco de investimentos Raine Group e tem o dia 11 de abril como prazo final para as propostas dos potenciais compradores. O processo ainda terá que passar pela aprovação do governo britânico e se estenderá por mais semanas.

Enquanto isso, a equipe segue disputando suas partidas diante de incertezas com patrocinadores e venda de ingressos. O 'Marca' finaliza destacando que os jogadores estão mostrando um "grande profissionalismo" diante de todo o contexto.

Os Blues estão em terceiro no Campeonato Inglês e entram em campo amanhã (6), no Stamford Bridge, para a primeira partida das quartas da Liga dos Campeões contra o Real Madrid. No último final de semana, o Chelsea foi derrotado em casa pelo Brentford por 4 a 1, de virada.