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Cuca pagou R$ 2,5 mi em rescisão com Atlético-MG e está livre no Brasileiro

Cuca orienta jogadores do Atlético-MG no duelo contra o Red Bull Bragantino - CRISTIANE MATTOS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Cuca orienta jogadores do Atlético-MG no duelo contra o Red Bull Bragantino Imagem: CRISTIANE MATTOS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

07/04/2022 04h00

Cuca levou o Atlético-MG ao inédito título da Libertadores há nove anos. Na temporada passada, ajudou o clube a quebrar um jejum de 50 anos no Brasileirão e, de quebra, venceu a Copa do Brasil, também. O cenário ideal para a busca pelo bi continental, porém, foi quebrado diante da decisão do próprio treinador: ele não seguiria no clube.

Como a diretoria foi contra a decisão, não teve acordo para que a multa pela quebra do contrato fosse perdoada, como desejava o treinador. Cuca tinha vínculo até dezembro de 2022 e pagou R$ 2,5 milhão pela rescisão com o Atlético. O valor foi abatido de dinheiro que o técnico tinha a receber, por premiações pelas vitórias e pelos títulos conquistados. Portanto, Cuca não tem vínculo com o Galo e está livre para assinar com qualquer outro clube.

Neste fim de semana, começa o Campeonato Brasileiro e o treinador sabe que é apenas uma questão de tempo até ser procurado. Como apurou o UOL Esporte, por respeito ao Atlético, Cuca nem sequer estava aberto para propostas nos primeiros meses de 2022. Mas com o início do Brasileirão, o treinador não descarta voltar a trabalhar no segundo semestre.

Mais do que o lado financeiro, a condição de fazer uma boa campanha é o que vai fazer diferença numa possível proposta. Como Tite já anunciou que vai sair depois da Copa do Mundo, o grande sonho de Cuca é a seleção brasileira. Uma escolha errada pode atrapalhar os planos, já que a última lembrança que os torcedores têm de Cuca é o ano espetacular que teve com o Atlético-MG.

Cenário ideal x decisão

O Atlético-MG caminhava para, enfim, conquistar o Campeonato Brasileiro mais uma vez e quebrar o jejum de 50 anos sem vencer a competição. Ao mesmo tempo, o time era o favorito na final da Copa do Brasil. Foi quando Cuca tomou a decisão: ele não seguiria no clube, apesar de ter contrato até o fim de 2022. O treinador comunicou apenas as pessoas mais próximas, como membros da comissão técnica, familiares e amigos.

A diretoria atleticana já estava ciente da decisão, mas como o foco era todo na busca por mais dois títulos nacionais, a conversa para tentar fazer Cuca mudar de ideia foi deixada para depois. E com toda razão. Afinal, a prioridade era vencer o Brasileirão e a Copa do Brasil, como de fato aconteceu. Com mais dois importantes troféus conquistados pelo Atlético, Cuca também era o comandante alvinegro na Libertadores de 2013, o técnico ganhou o status de maior da história do clube mineiro, superando Telê Santana.

O Atlético venceu o Brasileirão em 2 de dezembro e a Copa do Brasil 13 dias depois. Após o segundo título nacional da temporada mais vitoriosa do Galo, a diretoria alvinegra bem que tentou convencer Cuca a desconsiderar a decisão tomada algumas semanas antes.

"Quando Cuca alegou que era problemas pessoais, não tinha mais o que fazer", comentou Rodrigo Caetano, ao explicar a saída do treinador.

No dia 27 de dezembro, em reunião virtual com o presidente do Atlético, Sérgio Coelho, o diretor de futebol, Rodrigo Caetano e grupo chamado de 4 R's (Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador), Cuca confirmou que realmente não seguiria na Cidade do Galo em 2022.

  • Veja análises dos colunistas Renato Maurício Prado e Julio Gomes sobre a rescisão de Cuca, no UOL News Esporte:

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