Gabigol tem carro chutado; 6 casos de amor e ódio de flamenguistas e atleta
Nem Gabigol escapou dos protestos da torcida do Flamengo nesta sexta-feira (8) no Ninho do Urubu. O atacante foi um dos atletas que chegou a ter o carro chutado por integrantes que manifestavam contra o início de temporada abaixo do esperado, com os vice-campeonatos do Carioca e da Supercopa do Brasil.
O caso, porém, não é isolado na história entre Gabi e a torcida rubro-negra. A relação entre as duas partes é um verdadeiro "morde e assopra", com críticas de um lado, respostas irônicas do outro e, em alguns casos, ameaças e agressões (como a desta sexta, contra o carro do atacante).
Gabigol está no Flamengo desde o início de 2019, mas nos últimos seis meses é que esta relação de "amor e ódio" se intensificou. Entretanto, há episódios de irritação da torcida desde a lua de mel após os títulos da Copa Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro de três anos atrás.
O UOL Esporte resgatou outros 6 episódios em que a relação entre Gabigol e a torcida flamenguista ficou estremecida. Confira:
Visita ao Santos (2020)
O Flamengo havia acabado de encerrar a temporada mágica de 2019. Ainda de férias, em janeiro de 2020, Gabigol visitou o centro de treinamento do Santos, clube que o revelou para o futebol. A torcida rubro-negra não gostou da atitude e criticou o jogador nas redes sociais.
Na ocasião, o futuro de Gabi na Gávea era incerto: o atleta estava emprestado pela Inter de Milão-ITA, e o clube rubro-negro ainda não havia acertado a contratação definitiva do artilheiro.
Flagra no cassino clandestino (2021)
No início da temporada de 2021, em março, Gabigol foi flagrado em um cassino ilegal em São Paulo - em uma operação policial que contou com a participação até do deputado federal Alexandre Frota. O atacante foi encontrado escondido debaixo de uma mesa, alegou que havia apenas se encontrado com um amigo para jantar e que não sabia que o lugar se tratava de uma casa clandestina.
O caso repercutiu mal junto a torcedores, especialmente porque em março de 2021 o Brasil passava por um dos momentos mais delicados da pandemia e voltava a enfrentar um período de mais restrições e isolamento social.
Não reapresentação após a Seleção (2021)
Após defender a Seleção Brasileira contra o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, Gabigol teve diagnosticado um edema muscular na coxa. A gravidade da contusão, porém, gerou divergência com o estafe do clube, e o atacante não se reapresentou na data estipulada para a partida contra o Coritiba, pela Copa do Brasil.
As críticas incomodaram até o pai de Gabriel, Valdemir Silva, que respondeu aos torcedores em redes sociais. "Nem era para (o Gabi) voltar no segundo tempo da final da Libertadores (de 2019, contra o River Plate)... Tornozelo estourado, pediu para tomar uma injeção? Voltou e deu o título para vocês após 38 anos. portanto, respeitem e procurem saber da verdade antes de criticá-lo. Ridículo e inexplicável isso", escreveu.
Ameaças e copo de cerveja
O primeiro episódio em que as críticas extrapolaram redes sociais e afetaram fisicamente o atleta ocorreu no fim de 2021, após a eliminação para o Athlético na semifinal da Copa do Brasil. Gabigol foi acertado por um copo de cerveja arremessado das arquibancadas enquanto deixava o gramado do Maracanã; momentos depois, no estacionamento do estádio, a mãe do atleta foi hostilizada e até ouviu ameaças de que o filho "iria conhecer o inferno".
Gabigol não engoliu as intimidações e chegou a emitir uma nota oficial para criticar as agressões. "Jamais aceitarei agressões, falta de respeito e xingamentos, principalmente aos meus familiares, que tanto se dedicaram para que eu pudesse estar aqui hoje. Minha vida é o futebol, minha vida é minha família, e a eles protegerei sempre. Estão sempre nos jogos, torcendo e cuidando de mim. Não vou tolerar, em hipótese alguma, que eles sejam alvos de agressões, ofensas e xingamentos", expressou.
Pipoqueiro? (2022)
Outro momento de questionamentos de torcedores contra Gabi se deu na derrota rubro-negra na decisão da Supercopa do Brasil. Principal batedor de pênaltis do elenco, Gabi optou por não realizar uma cobrança alternada - que foi desperdiçada por Vitinho e que sacramentou o título do Atlético-MG.
Gabigol foi chamado de pipoqueiro e recorreu às redes sociais para ironizar as críticas. O atacante respondeu algumas postagens e questionou o rótulo. "Com essa camisa em finais, quem tem mais gols sou eu e o Rei", rebateu o atacante, ressaltando uma marca que ele e Zico compartilham na história do clube.
Xingamentos e "DR" (2022)
A relação entre atleta e torcedores voltou a ficar turbulenta dias depois da derrota para o Atlético-MG. No primeiro tempo do jogo contra o Resende, pelo Campeonato Carioca, Gabigol gesticulou incomodado para as arquibancadas após ouvir um burburinho, e as vaias se intensificaram - transformando-se em um grande coro com um xingamento direcionado ao camisa 9.
Gabigol anotou no segundo tempo o gol que sacramentou o placar final de 2 a 2 e, na entrevista, amenizou o peso dos xingamentos que recebeu da torcida. Segundo as palavras do próprio jogador, tratou-se apenas de uma "DR (discussão de relacionamento). É igual à nossa mulher: a gente briga, briga, briga, mas a gente ama", disse ele.
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