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1º jogo da SAF mostra que Botafogo de Luís Castro precisará de ajustes

Matheus Nascimento, do Botafogo, na partida contra o Corinthians - DHAVID NORMANDO/ESTADÃO CONTEÚDO
Matheus Nascimento, do Botafogo, na partida contra o Corinthians Imagem: DHAVID NORMANDO/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/04/2022 04h00

Anunciado no último dia 25, o técnico português Luís Castro sequer estreou pelo Botafogo, mas já viu que terá muito trabalho para colocar a equipe nos trilhos no Brasileirão. Ainda sem ter o visto de trabalho, o treinador não ficou à beira do campo na derrota por 3 a 1 para o Corinthians, ontem (9).

Do vestiário, viu um time que até entrou em campo bem organizado taticamente, mas que se pecou na intensidade, falhou quando a tinha a bola, não marcou bem o rival paulista e tomou um baile no primeiro tempo em que atuou como uma SAF, propriamente dita.

O Glorioso não entrava em campo desde a eliminação para o Fluminense no Campeonato Carioca, há duas semanas, no dia 27. Desde então, o empresário investiu na Estrela Solitária e contratou o meia Lucas Piazon, o lateral direito Renzo Saravia, os volantes Patrick de Paula e Luís Oyama e o atacante Victor Sá. Todos eles, ao lado do zagueiro Philipe Sampaio, que já tinha atuado no Estadual, foram titulares na primeira rodada do Brasileirão.

No entanto, os nomes não corresponderam bem no primeiro teste. Sem entrosamento, os contratados na era SAF não conseguiram se encontrar em campo. Piazon não funcionou como meia central. Essa alternativa ainda fez com que Chay, atuando pela direita, criasse muito pouco na primeira etapa. O setor direito também teve Saravia na lateral. Lento e sem ritmo, o jogador perdeu a batalha direta contra Willian, que brilhou no duelo.

No intervalo, o treinador colocou Diego Gonçalves, Matheus Nascimento e Hugo em campo. Os velhos conhecidos da Série B de 2021 ajustaram a equipe, que cresceu de rendimento e conseguiu descontar o placar na etapa final.

"Vários jogadores não atuavam há muito tempo e uns nunca jogaram na Série A. É uma conjunção explosiva, que necessita de muito trabalho", disse o treinador após a partida.

Ciente de que terá uma tarefa difícil para construir um novo time, o treinador português acredita que será preciso muito treinamento para que o elenco se ajuste rapidamente a sua filosofia. Castro afirmou que não viu em campo o que espera e sabe que precisa agir rápido para que o desempenho melhore.

"Vamos ser uma equipe que cole na minha ideia, mas se vermos que não vai dar certo, como vimos na primeira parte, fazemos alterações e vamos por outro caminho. Temos que saber o que a equipe nos pode dar, se buscamos algo que não pode, batemos na parede", declarou.

"Temos que conhecer as dinâmicas que a equipe precisa. Não são duas, três semanas... Sei que no futebol o tempo compra-se com resultados. Espero que, rapidamente, o time tenha cara de vitória", ponderou.

A próxima chance do técnico Luís Castro mostrar uma melhora do Glorioso será no domingo (17), às 19h. Contra o Ceará, no Castelão, o Botafogo joga pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.

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