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Alto número de cruzamentos do Atlético-MG foi estratégia, diz Turco Mohamed

Técnico Turco Mohamed comanda o Atlético-MG durante jogo conta o América-MG, pela Libertadores 2022, no Mineirão - Pedro Souza / Atlético
Técnico Turco Mohamed comanda o Atlético-MG durante jogo conta o América-MG, pela Libertadores 2022, no Mineirão Imagem: Pedro Souza / Atlético

Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

13/04/2022 23h56

As estatísticas do jogo mostram como o Atlético-MG foi superior ao América-MG no clássico válido pela Copa Libertadores. Apesar de o placar final mostrar o empate em 1 a 1, o Galo foi o dono das ações na partida. O time alvinegro teve 81% de posse de bola e finalizou 28 vezes, contra apenas quatro do Coelho. Entre os números da equipe atleticana, a quantidade de cruzamentos também chamou a atenção. Foram 50 bolas levantadas na área americana, de acordo com o Sofascore.

A explicação para o elevado número de cruzamentos é o gol do América, logo aos 5 minutos do segundo tempo. Na única finalização do Coelho no rumo do gol, o atacante Felipe Azevedo acertou uma bela finalização para abrir o placar. Em desvantagem, o Atlético mudou sua maneira de jogar. Se na primeira etapa foram apenas 16 bolas levantadas na área do Coelho, no segundo tempo o Galo mais do que dobrou o número de cruzamentos: 34.

"No segundo tempo, a estratégia foi cruzar a bola. O primeiro tempo não, jogamos como jogamos sempre, faltou cruzar mais a bola, porque estavam muito fechados, e havia espaços pelos lados. Tivemos muita posse de bola, tivemos determinação. Temos que destacar a atitude da equipe, que nunca se dá por vencida", explicou o treinador Turco Mohamed, que valorizou bastante a postura de sua equipe dentro de campo

"Temos que destacar a intensidade e atitude do time, que que nunca se deu por vencido. Era um clássico, pela Libertadores, então pode acontecer qualquer coisa. Mas essa equipe nunca se entrega e somamos um ponto que foi importante."

Turco ainda revelou que a escalação do atacante chileno Eduardo Vargas entre os titulares tinha como objetivo ter em campo um parceiro mais próximo de Hulk, com grande potencial de chutes de média e longa distância, além de dar mais espaço aos laterais. "A ideia era de que o Vargas se associasse com o Hulk, encontrasse um chute de fora. É um jogador de hierarquia. A ideia era a profundidade do Arana e do Mariano, era o plano no primeiro tempo", analisou.

Com o empate, o Atlético ocupa a segunda posição do Grupo D da Copa Libertadores, com quatro pontos. Apesar do resultado, nada para se preocupar. "O plano de jogo não foi ruim, o que esteve ruim foi que não fizemos o primeiro gol", lamentou o técnico, que prometeu um Atlético ofensivo e intenso, como visto no clássico com o América.

"Sempre vamos jogar dessa maneira, não vamos mudar. Algumas vezes podemos ter maior precisão maior na finalização, mas nossa maneira de jogar é essa", completou.

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