Ceni recusa rótulo de 'time reserva' e diz que rodízio é importante no SPFC
Chamar o time que venceu o Everton (CHI) por 2 a 0 pela Copa Sul-Americana de reserva não agrada a Rogério Ceni. O técnico recusou o rótulo e pediu para que não chamem dessa maneira os atletas quando ele mandar a campo uma escalação diferente do jogo anterior. No duelo válido pela competição continental, apenas Igor Gomes também jogou desde o início na goleada contra o Athletico, pelo Brasileirão.
"Os jogadores descansados têm mais chances de competir, principalmente em jogos de Copa Sul-Americana, que são jogos de muita força física. Mas temos jogo daqui 62 horas de novo. Se eu for utilizar todo mundo hoje e querer utilizar no domingo, não consigo. Aí o jogador machuca, vai para o departamento médico e leva mais tempo para recuperar", disse Ceni, em entrevista coletiva.
Ao ser questionado sobre a dupla de zaga, Ceni interrompeu a pergunta para dizer que Arboleda não era reserva. O equatoriano foi reserva na final do Paulista contra o Palmeiras e no jogo contra o Athletico, no Brasileirão, mas começou jogando nos dois duelos da Copa Sul-Americana.
"Ele não é reserva. É titular. Pode jogar todos os jogos. Não use a palavra 'reserva' porque eu nunca usei", disse Ceni, que depois voltou a tocar no assunto. "Não existe um time titular e um reserva, existe uma equipe. Cada vez que você entrar para jogar, você será titular. Cada vez que você coloca a camisa do São Paulo é assim. E é assim que eles têm que se sentir. Se o Arboleda quiser jogar todos os jogos, no último jogo ele vai se machucar. Ele ou qualquer jogador, é normal".
Presente na entrevista coletiva por ter sido considerado o melhor jogador da partida, Arboleda afirmou não se sentir como reserva no São Paulo. "Não me sinto reserva no time. Como o professor sempre fala, aqui ninguém tem que se sentir reserva. São Paulo tem grandes jogadores, sou jogador de seleção. Sempre coloco na minha cabeça que preciso melhorar alguma coisa, vou melhorar, por isso a gente tem treinador, para corrigir as coisas. Todos os jogadores do São Paulo são importantes, eu só faço meu trabalho, tento ajudar o time".
O São Paulo volta a campo no próximo domingo (17), quando enfrenta o Flamengo, no Rio de Janeiro, pela segunda rodada do Brasileirão. A tendência é que Rogério Ceni escale uma equipe mais parecida com a que venceu o Athletico por 4 a 0.
Confira outras declarações de Rogério Ceni em entrevista coletiva:
Análise do jogo
Foi um jogo bem disputado, uma equipe que veio se defendendo bem. Nós fizemos algumas alterações significativas, tentamos um modelo de jogo que não funcionou bem no primeiro tempo. Tentamos deixar um meio mais competitivo, colocamos Sara e Nestor. Sara não entrava em campo há um tempo, queria ver como ele estava. Queria analisar como está o grupo para a sequência dos jogos.
Decisão de deixar Pablo Maia, Diego Costa e Gabriel Neves fora do banco
Tem 31 jogadores e eu só posso levar 23, e oito têm que ficar fora. Tirei o Pablo porque achei que era o momento de segurar. Queria dar oportunidade para o Luan, a gente tem que analisar, ver como o jogador rende. Como queria colocar Sara e Nestor, preferi baixar o Igor para primeiro volante [no segundo tempo].
É um elenco muito numeroso, tem muito jogador. Hoje a gente ainda teve um problema no gol. Entregamos a lista, com 1h15 para o jogo, o Jandrei relatou que tinha passado mal e não tinha condições. Eles não deixaram a gente incluir o terceiro goleiro.
São experimentos que a gente faz para tentar dar ritmo a alguns jogadores e observar outros que a gente já conhece e sabe do potencial.
Como o São Paulo chega para a sequência de jogos que virão?
Fisicamente chega bem pelas trocas que fizemos em todos os jogos. São jogos pesados. Entre tantos times na Copa do Brasil, fomos pegar um time de primeira divisão. Flamengo no Rio dispensa comentários, Red Bull também.
Trocas acontecerão em cada jogo, não sei se em números tão grandes ou menores. Mas para suportar esses jogos, em algumas posições vamos ter que fazer algumas trocas.
Chegamos bem distribuídos na parte física. Mas são adversários bem complicados, temos que levar em consideração.
Walce estará à disposição em breve?
O Walce, desde que cheguei aqui, passo todos os dias na fisioterapia e o cumprimento todos os dias. Sei do potencial e da gravidade da lesão que ele sofreu. Não há um tempo previsto para a volta. É uma situação de muito cuidado, muita calma. Não há uma previsão exata. Ele pode evoluir ou estacionar um pouquinho, mas não pode ter pressa.
O que te chamou atenção no André Anderson?
O departamento de análise me mostrou e eu comecei a acompanhar o André. Ele tem biotipo que combina com nosso estilo de jogo. É um jogador dinâmico, de boa qualidade técnica. Ele vai ajudar bastante nessa caminhada longa, vai ajudar nessa sequência de quarta e domingo.
Ele ficou 10 dias praticamente sem treinar, mas já treinou dois dias com a gente, e espero que ele renda para o São Paulo. Jogador jovem que conseguimos sem custo.
Ficou satisfeito com a atuação do São Paulo no mercado da bola?
Saio satisfeito com relação ao esforço que a direção teve em manter jogadores. Não era esperado contratações. Se em alguma posição falta jogador, a gente tenta improvisar, encontrar e muda o sistema de jogo para tentar se adaptar.
Não era essa maneira de jogar que eu esperava no começo do ano, mas foi o que melhor se ajustou pelo estilo que a gente tinha. Fico satisfeito com o empenho. Melhorar as condições de trabalho para nós e trazer um ou outro jogador. Não investimos dinheiro, mas conseguimos pescar alguns jogadores que agregaram no desenvolvimento do time.
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