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Grêmio clama por apoio após vaias em casa: "Senti que éramos visitantes"

Jogadores do Grêmio em estreia do time em casa pela Série B - Lucas Uebel/Grêmio
Jogadores do Grêmio em estreia do time em casa pela Série B Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

16/04/2022 04h00

O Grêmio perdeu para a Chapecoense, ontem (15), na Arena. E o que ouviu da torcida não agradou durante o tempo todo. Com focos de vaias e cobrança, o técnico Roger Machado chegou a dizer que se sentiu como visitante mesmo atuando como local.

"O que eu senti? A torcida veio mais com a gente no segundo tempo. Hoje tinha três minutos de jogo e já tinha torcedor gritando pedindo para trocar jogador em campo. Eu falo que a energia que colocamos para fora vai retornar, mas em alguns momentos vamos precisar que o torcedor nos empurre. No primeiro tempo, eu senti às vezes que éramos visitantes na nossa própria casa. E isso foi tema da conversa que tive com os jogadores. Temos que empurrar a bola para o gol, se impor técnica, física e moralmente, no jogo emocional. Porque quando não se faz isso, o adversário sente que a estratégia dele está dando certo e isso vai afetando o jogo", disse o treinador.

O Grêmio só levou o gol no segundo tempo. Até ali, buscava formas de abrir a defesa fechada da Chapecoense.

"Temos que gerar volume, ter a bola, mas também ter competência para fazer o gol. A medida que o tempo passa, acontecem alguns fenômenos no jogo. O adversário acredita que a sua estratégia está dando certo. E, do nosso, lado, ficamos mais ansiosos para definir e tentamos concluir o lance em um tempo diferente. Isso vai gerando um ambiente de ansiedade para dentro do campo que conspira contra a gente", acrescentou.

E isso aconteceu. Logo que o time gaúcho ficou atrás no placar, sobraram vaias destinadas a vários atletas, principalmente para Diogo Barbosa.

"Eu tento extrair dos jogadores o melhor dentro das nossas motivações do vestiário. Sabemos que infelizmente vamos enfrentar, mesmo dentro de nossa casa, um ambiente desfavorável. Eu gostaria que fosse sempre de apoio, mas eu sei que não vai acontecer. Temos que entender e assimilar tudo isso. Tivemos um lance infeliz, uma bola que erramos e saiu o gol. Saiu outras vezes o mesmo lance, mas controlamos. Mas o gol da vitória marca o atleta e ele é cobrado por isso. Temos que passar tranquilidade e saber que nossas soluções estão no vestiário", concluiu Roger.

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