VP mostra incômodo apesar de 3 a 0 do Corinthians: 'Falta maturidade'
A vitória por 3 a 0 do Corinthians ante o Avaí não foi o bastante para deixar Vítor Pereira "extremamente feliz", em suas próprias palavras, com o desempenho da equipe. Para o português, o Alvinegro ofereceu muitas chances aos visitantes e não teve maturidade para gerir a boa vantagem no placar.
"Oscilamos porque não estamos alinhados. Falta maturidade em momentos do jogo. Poderia estar extremamente feliz com o 3 a 0. Hoje tivemos momentos em que de fato jogamos com qualidade, pressionamos, mas também tivemos períodos em que devíamos ter a bola e não tivemos", avaliou o treinador.
As chances oferecidas a time de Eduardo Barroca, sobretudo após abrir a vantagem de 2 a 0, preocuparam o treinador, que disse não gostar de conceder várias oportunidades ao time adversário.
"Ficaria satisfeito se eles não fossem nenhuma vez à nossa meta, e se tivéssemos a maturidade de gerir a bola e o jogo. Perdemos muitas bolas, permitimos demasiados contra-ataques. que o adversário chegasse algumas vezes na cara do Cássio", avaliou.
Para o comandante corintiano, faltou maturidade e sobrou ansiedade em determinados momentos do jogo: "Temos que acelerar e desacelerar nos momentos certos. É o que não temos."
O Corinthians volta a campo na quarta-feira (20), pela terceira fase da Copa do Brasil, contra a Portuguesa-RJ, no Estádio do Café, em Londrina.
Pelo Brasileirão, no sábado (23), o Timão terá pela frente o clássico contra o Palmeiras, às 19h (horário de Brasília).
Confira outras respostas de Vítor Pereira na coletiva de imprensa:
Diferença de média de idade na Libertadores e no Brasileiro (32 com Always Ready e 31 com Deportivo Cali; 27 no Brasileião) foi algo pensado?
"Minha preocupação não é a idade da equipe, mas na resposta. Para manter o mais regular possível dos jogos. Para isso, é fundamental mesclar. Já expliquei que é impossível fazer 90 minutos na Libertadores e jogar com intensidade, num nível alto, três dias depois. Isso é muito claro. O que temos que fazer: dar oportunidade à juventude, para que ganhem maturidade e tranquilidade e confiança no seu jogo, para que sejam soluções. É a forma para termos uma equipe competitiva num dia, e voltar a competir três dias depois."
Disputa na lateral direita
"Temos 3 laterais direitos: o João Pedro tem crescido também, em termos de maturidade, em tranquilidade. Fez um belíssimo jogo contra o Botafogo. O Rafael surge como uma oportunidade de mercado, em final de contrato. O empréstimo do João está a um mês ou dois. Não sabendo o futuro, jogamos em antecipação e trazer o Rafael, porque o Fagner nem ninguém consegue jogar 90 minutos e voltar com a mesma qualidade no jogo seguinte. Não é questão de idade, mas do tempo de recuperação é curto. Os três vão ter oportunidades."
Atuação de Rafael Ramos
O Rafael jogava regularmente no Santa Clara, que é uma boa equipe em Portugal. Fizeram um belíssimo campeonato ano passado. Ele tem características que se enquadram no nosso jogo. É rápido, esclarecido, combativo e tem o espírito do Corinthians. Veio para acrescentar. Hoje, na estreia, fez um jogo de qualidade, regular do ponto de vista ofensivo e defensivo."
Róger Guedes disse que mostrou onde quer jogar. Ele fica na esquerda ou será ocasional?
Liderar pessoas é perceber as características específicas de cada personalidade. Ele é um bom menino. Provavelmente o jogador que mais tenho conversado. Tem que saber levá-lo. Pra tirar o melhor dele tem que falar ao coração e trazer ao alinhamento que pretendemos. Tivemos que usar como centroavante, com Júnior lesionado. O Jô está a perder peso e ganhar melhor condição física, já perdeu três quilos. Ele está a corresponder ao desafio. Tínhamos que jogar com Róger como centroavante e expliquei isso a ele. Andou um bocadinho contrariado. Hoje foi à posição dele e tenho que lhe dar razão. Também temos o Willian daquele lado. Vamos ter que fazendo essa gestão, e acho que só é possível manter o nível, não baixar drasticamente como nos anteriores, e pagamos a fatura [pela fadiga]. Foi uma lição para nós. Prefiro baixar um pouco o nível e manter a equipe viva."
Avaliação sobre Cássio
"O Cássio, com a idade que tem, continua a ser um profissional que é dos primeiros a ir pro campo, dos últimos a sair. Quer trabalhar com os pés, melhorar as decisões dele. Trabalha com profissionalismo que vi em poucos goleiros com a estatura dele. Ele exige de si. Muito satisfeito por tê-lo na meta. É nesses momentos que se mostra o nível de um goleiro. Hoje mais uma vez fez um jogo espetacular.
Ele tem trabalhado muito com os pés, e fiquei muito contente por ele arriscar o passe que originou depois o gol. Um passe que ele não fazia e agora tem confiança, porque todos os dias trabalha. Com a idade que tem, que aprender, quer evoluir e por isso foi aquele sorriso dele pra mim e meu pra ele."
Mata-mata contra Portuguesa-RJ. Como não ser surpreendido?
"Para eles, é tudo. Para nós, somos obrigados a ganhar. Se ganharmos, não fazemos mais que a obrigação. Para eles, uma oportunidade incrível. Vamos ter que enfrentar o jogo de forma concentrada, focada, organizada. Vamos mudar, porque temos dois jogos de altíssima exigência pela frente."
Fará 5 ou 6 mudanças contra a Portuguesa?
"Ou mais. Vamos ver. Ainda precisamos ver. Vamos ter que mudar. Espero que a equipe dê uma boa resposta, e acredito que sim. Tenho confiança nos que vão entrar."
Rodízio. Mudando tanto, você tem os 11 titulares?
"Se formos jogar uma final, fundamentalmente temos que equilibrar a equipe. Quanto mais qualidade dentro de campo, a probabilidade de jogar um jogo bonito é maior. Mas, se tiverem as mesmas características, se forem todos de predominância ofensiva, não se faz uma equipe equilibrada. Porque faltará os outros para compensar o que vai faltar para compensar no desempenho. O que procuro fazer é apresentar uma equipe que, no momento que perdemos a bola, sustenta a qualidade ofensiva de forma equilibrada. Se for obrigada a defender, o faça com qualidade. Uma equipe equilibrada é a melhor equipe. Se estivessem todos frescos, eu tenho mais ou menos na minha cabeça como é o time que jogaria. Mas, como é um calendário terrível, nós temos que encontrar soluções. É mesclando, tirar este se jogou 90 minutos. Sempre que tento, chego à conclusão que não dá mesmo [manter um jogador dois jogos seguidos]. É arriscado jogar tanto, mas tem que arriscar."
Jogar em casa e apoio da torcida
"Me faltam adjetivos para agradecer à nossa torcida. Mesmo quando não estivemos bem, eles continuaram a apoiar. Isso os caracteriza."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.