Brasil vence Argentina em final com gol de Endrick e briga generalizada
Na tarde de hoje (18), a seleção brasileira sub-17 superou a Argentina por 2 a 1 e foi campeã da 49ª edição do Torneio de Montaigu, na França. Com o resultado, o Brasil conquistou o bicampeonato da competição depois de 38 anos do primeiro título. Após o apito final, ainda aconteceu uma confusão generalizada em campo entre os jogadores (assista abaixo).
Os gols do escrete canarinho foram marcados pela dupla de atacantes palmeirenses Endrick e Luis Guilherme. O camisa 9 do Brasil abriu o placar logo no primeiro minuto de jogo, a Argentina chegou ao empate aos 12 com gol de bicicleta de Ruperto, e Luis Guilherme selou a vitória brasileira, de pênalti, aos 40 do primeiro tempo.
Essa foi a décima participação da seleção no Torneio de Montaigu. A equipe comandada pelo técnico Phelipe Leal chegou à final após terminar a fase de grupos na frente de Holanda, Inglaterra e México.
Quem foi bem: Luis Guilherme
Camisa 10, Luis Guilherme deu o passe que acabou resultando no gol de Endrick e marcou, de pênalti, o segundo tento do Brasil. O jogador conseguiu orquestrar o ataque da seleção que voltou a ser campeã do torneio após o título de 1984.
Quem foi mal: Díaz
O goleiro da seleção argentina protagonizou um papelão logo no primeiro minuto de jogo ao tentar rifar uma bola e acertar o camisa 9 do Brasil. Por conta do desvio, a bola foi caminhando em direção ao gol e deixou a seleção brasileira com a vantagem precoce.
Díaz ainda pôde tentar se redimir na cobrança de pênalti e até chegou a resvalar na bola, nas não foi o suficiente para impedir o tento brasileiro. Além disso, ele espalmou a bola após uma cobrança de falta e viu a trave salvar o que seria o terceiro gol brasileiro.
Endrick: artilheiro com faro de gol
A joia palmeirense deixou o Brasil com a vantagem ao aproveitar a falha da defesa adversária no primeiro minuto do embate. Ele mesmo quase ampliou o placar minutos depois, mas acabou desperdiçando a chance.
Foi ele também quem sofreu o pênalti que acabou dando ao Brasil o seu bicampeonato do torneio. Endrick terminou a competição na artilharia isolada, com cinco gols.
Cronologia do jogo
Mal deu tempo dos jogadores se ambientarem na decisão e o Brasil já estava à frente graças ao oportunismo de Endrick antes mesmo da partida completar dois minutos. No entanto, apesar de ter tido chance para ampliar o placar logo depois, a vantagem brasileira durou apenas cerca de dez minutos, com a Argentina empatando com um belo gol de bicicleta.
A partir de então, o duelo ficou equilibrado e ambas as equipes apostavam bastante em lances de velocidade pelos flancos. Foi assim que, aos 40 minutos, o Brasil construiu a jogada que resultou no segundo gol. Após uma rápida tabela em um contra-ataque, Endrick invadiu a área argentina e foi derrubado.
Seu companheiro de Palmeiras, Luis Guilherme, assumiu a responsabilidade da cobrança. Ele bateu seguro no canto esquerdo do gol para colocar a seleção novamente na vantagem antes do final do primeiro tempo. Na segunda etapa, ambas as equipes mantiveram a estratégia e levaram perigo ao gol adversário.
O Brasil quase chegou ao terceiro após um rebote na pequena área cedido pelo goleiro Díaz. No entanto, a bola bateu na trave e saiu. Já os adversários também tiveram suas oportunidades, mas não conseguiram furar novamente a defesa brasileira. Com o resultado, o Brasil terminou invicto e com o melhor ataque do torneio, com 11 gols marcados em quatro jogos.
Rivalidade desde a base
Após o apito final, jogadores de Brasil e Argentina incorporaram a rivalidade histórica entre as seleções e se estranharam em campo. Enquanto alguns brasileiros comemoravam a conquista, outros se desentendiam com os argentinos.
Um princípio de confusão se formou no meio de campo e parecia controlado até que um jogador da Argentina agrediu um brasileiro. Os jogadores das equipes sub-17 se aglomeraram, mas membros das comissões técnicas conseguiram separar a briga antes que ela se desenrolasse mais.
A Argentina defendia na partida o título da última edição do torneio, disputado em 2019. Antes de enfrentar o Brasil, a seleção argentina tinha sofrido apenas um gol na competição.
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