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Fluminense explora elenco em maratona e 'esquecidos' ganham oportunidades

Abel Braga, técnico do Fluminense, conversa com elenco em treino no CT - Mailson Santana/Fluminense FC
Abel Braga, técnico do Fluminense, conversa com elenco em treino no CT Imagem: Mailson Santana/Fluminense FC

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

21/04/2022 04h00

Em meio à sequência de jogos decorrente da disputa de três competições simultâneas, o técnico Abel Braga vem colocando o elenco do Fluminense à prova. Neste movimento, jogadores que antes não vinham sendo utilizados passaram a aparecer no radar da comissão técnica e a ganhar oportunidades, casos do lateral-esquerdo Marlon e do atacante Caio Paulista.

Acionados no decorrer do confronto com o Vila Nova, na última terça-feira (19), pela Copa do Brasil, os dois "ressurgiram" no Tricolor e se transformaram em opções para as mudanças realizadas pelo treinador.

Marlon, que terminou 2021 como titular, acabou se tornando na terceira opção, após as contratações de Cris Silva e Pineida. Ele fez a estreia na temporada e participou do lance que gerou o segundo gol de Cano, o segundo do Flu no duelo.

"Sempre briguei pelo meu espaço, temos de respeitar as decisões do clube e do treinador. O Pineida e o Cristiano são dois jogadores que trabalham bem, como todo mundo. Claro que só um joga, então cabe a nós três ter uma disputa assídua pela vaga. Fico muito feliz por ter entrado. Espero ter meu espaço, me firmar na equipe e ter sequência", disse, após o confronto com o Tigre.

Já Caio Paulista, que se destacou sob o comando de Roger Machado, no início do ano passado, teve algumas chances com Abel no início desta jornada, mas acabou perdendo espaço e chegou a ficar mais de um mês sem atuar — em fevereiro, ele foi flagrado em uma festa na antevéspera de clássico com o Fla, o que caiu mal entre torcedores. O camisa 70 retornou no duelo com o Cuiabá, pelo Brasileiro, e teve colaboração no lance que gerou o gol da vitória.

"Eu falo com meu jogador assim: 'não faço sacanagem com jogador, com nenhum'. Eu posso, pela minha consciência e minha cabeça, cometer injustiça, de repente fui injusto com ele. Poderia um ou outro jogo ter colocado ele, colocado mais o Wellington... Mas não faço de sacanagem. (...) É legal isso do Caio. Ele acabou com um problema sério do lado esquerdo, porque os dois jogadores estavam em cima do Calegari, e o Luiz [Henrique] não estava conseguindo ajudar mais. Ele ajudou a gente na vitória", afirmou Abel Braga.

Após a vitória sobre o Oriente Petrolero, pela Copa Sul-Americana, o comandante tricolor havia salientado a possibilidade de começar a fazer alterações de acordo com o que era apontado pela fisiologia, diante do pouco tempo de descanso.

"O time que entrou em campo vai ser sempre o melhor. Hoje, eu não tive o Nino, perdi o Manoel, não tive o Calegari que estava no limite, tentei tirar aqueles que poderiam estourar, principalmente o André. O Arias poupamos depois também, porque é um desgaste muito grande. Aqueles que a fisiologia e preparação vetam, é só isso que vou mudar. Vou sempre colocar o melhor que tenho", apontou à época.

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