Padrasto de Eliza Samúdio morre, e Bruninho fica órfão pela segunda vez
Padrasto de Eliza Samúdio, Hernane Silva de Moura morreu ontem em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, vítima de várias paradas cardiorrespiratórias, informou hoje Sônia de Moura, mãe de Eliza e viúva de Hernane. Ele tinha 52 anos, estava internado desde o dia 1º de março e era considerado um pai por Bruninho, de 12, fruto da relação de Eliza com o ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes.
Eliza foi assassinada em 2010 e seu corpo está até hoje desaparecido. Bruno foi condenado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado de seu filho biológico. Ele cumpriu parte da pena em regime fechado e progrediu para o semiaberto em 2019.
"O Hernane era uma pessoa muito especial, não só como marido, mas como pai e como filho. Era um pai de verdade pro Bruninho", disse Sônia Moura. "Sempre o levava pra escola, pros treinos, nunca deixou faltar nada pra gente. Ele partiu muito jovem, agora cabe a nós seguir em frente e fazer o melhor com tudo que nos ensinou."
Sonia conta que o marido era muito apegado ao filho de Eliza, que está muito triste com a perda do homem que considerava como pai. Como Bruno nunca pagou pensão a Bruninho, conta Sonia, era Hernane o responsável por garantir o sustento da família. Além de Bruninho, Sonia vive com Odete, a mãe de Hernane, uma senhora de 76 anos que era muito próxima do filho.
"Mesmo quando ele estava internado, perguntava todo dia pela mãe, chorava quando ela mandava áudios. Agora precisamos cuidar dela, dar forças pra ela superar esse momento", afirma Sonia, que estava casada com o marido havia 27 anos.
Por causa da internação do marido, uma amiga da mãe de Eliza organizou uma vaquinha online para arrecadar doações para a família. Mais de 400 pessoas doaram um montante de cerca de R$ 30 mil, que foram usados para comprar alimentos, pagar contas e as despesas médicas de Hernane.
A família vive no interior do Mato Grosso do Sul. Condenado a 20 anos e 9 meses pelo assassinato de Eliza, Bruno deixou a cadeia em 2019 para cumprir o restante da pena em regime semiaberto.
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