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Procuradoria confirma que Rincón dirigia veículo no momento do acidente

Freddy Rincón, de camiseta branca, antes de entrar no carro no dia do acidente - Reprodução/El Tiempo
Freddy Rincón, de camiseta branca, antes de entrar no carro no dia do acidente Imagem: Reprodução/El Tiempo

Do UOL, em São Paulo

22/04/2022 16h38

A Procuradoria-Geral da Colômbia confirmou nesta sexta-feira (22) que Freddy Rincón, ídolo do Corinthians, estava dirigindo o carro que bateu em um ônibus em Cali, na madrugada do último dia 11. O ex-jogador de 55 anos chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Um vídeo divulgado também pelo jornal colombiano El Tiempo mostra que Rincón dirigia o carro pouco antes do acidente. A família do ex-jogador, no entanto, disse que a gravação é de outro dia.

Segundo informação do jornal colombiano El Tiempo, a Procuradoria apresentou laudos que comprovam que as lesões sofridas por Rincón não correspondem às causadas em alguém que estaria no banco do passageiro.

"Quem conduzia o veículo era o senhor Freddy Rincón", disse a vice-procuradora-geral Martha Yaneth Mancera, lembrando que as investigações continuam sobre os demais ocupantes do carro.

As investigações apontam que na noite de 10 de abril, Rincón estava na casa de Harold Saa, no bairro de Ciudad Córdoba, em Cali. Por volta das 22h, eles seguiram para uma discoteca chamada 'Bronx'. Às 3h25, Rincón deixa o local, entra no veículo, dirigido por outra pessoa, identificada como José Luis.

Eles seguiram para um restaurante. "Temos imagens dele saindo do veículo, entrando no local onde comeram e, precisamente, por volta das 4h15, a prova mostra que Freddy Rincón fica do lado do motorista", disse Mancera. Ela acrescentou que no banco do passageiro estava María Manuela Patiño, de 20 anos, que foi resgatada inconsciente. No banco de trás, estavam, além de José Luis, duas mulheres - uma delas aparece nas câmeras de segurança pegando um táxi após o acidente.

Segundo a procuradora, as investigações incluem 13 declarações, análise de 17 câmeras de segurança e 849 provas recolhidas, incluindo 10 vídeos.

Laudo forense

Em entrevista coletiva, o médico forense Jorge Paredes, do Instituto de Medicina Legal, explicou que os traumas no corpo de Rincón condizem com a posição de condutor do veículo. "Se ele fosse o copiloto, com sua constituição física, deveria ter tido um trauma muito grave no lado direito do corpo. Pelo contrário, todos os órgãos do tórax e abdômen estavam em boas condições."

Paredes destacou que Rincón teve um trauma "na região externa", no tórax, que descreveu como "discreto", e disse que o cinto de segurança dele foi colocado incorretamente. "Isso permite movimentos fortes com energia cinética", disse ele, explicando, que devido aos movimentos violentos no acidente, Rincón teve um hematoma subdural no cérebro.

"O hematoma subdural é uma hemorragia que ocorre por movimentos de aceleração e desaceleração, não por impacto contuso. Além disso, no tronco encefálico, houve um trauma grave", afirmou Paredes, indicando que isso produziu um estado de inconsciência.

"E é assim que as estruturas do cérebro, do sistema nervoso central como os vasos sanguíneos, apresentam traumas e rupturas, devido ao movimento biodinâmico. Insisto, não é necessariamente pelo impacto", disse Paredes, indicando que Rincón não teve fratura no crânio.

Segundo o legista, a Manuela Patiño, que estava no banco do passageiro, sofreu um trauma "do lado direito, externo e interno" e ficou inconsciente. Em seu depoimento, a jovem confirmou que Rincón estava ao volante.