Morre Mino Raiola, superagente que marcou época no futebol
Um dos maiores agentes esportivos do mundo, Mino Raiola morreu na manhã de hoje (30), aos 54 anos. Ele estava internado em estado grave em Milão há alguns dias e sua equipe chegou a desmentir boatos de sua morte na última quinta-feira (28), mas o empresário italiano de fato não resistiu. O falecimento foi confirmado pela família.
A causa da morte não foi divulgada. Em janeiro Raiola havia passado alguns dias internado no hospital San Rafaelle, em Milão, devido a um problema nos pulmões que à época a imprensa italiana relacionou à covid-19. Ele havia voltado ao mesmo hospital neste mês, por motivo mantido sob sigilo, e ontem (29) tinha recebido a visita de Zlatan Ibrahimovic, um dos agenciados de sua carreira de quase 35 anos como empresário.
Nascido na comuna italiana de Salerno, em 1967, Mino Raiola foi criado na Holanda. Ele teve seu primeiro contato com o futebol como jogador do time juvenil do HFC Haarlem, mas pendurou as chuteiras ainda aos 20 anos para assumir um cargo na direção da equipe. O passo seguinte foi se tornar empresário de atletas, entrar para uma empresa especializada em transferências e auxiliar em várias vendas de jogadores holandeses de alto nível para clubes italianos —caso, por exemplo, da ida de Dennis Bergkamp à Internazionale em 1993.
Três anos depois, já em carreira solo, Raiola fechou sua primeira grande transferência quando o craque tcheco Pavel Nedved trocou o Sparta Praga (TCH) pela Lazio. De lá para cá sua influência no futebol só aumentou, e atualmente mais de 20 atletas das grandes ligas europeias são agenciados por sua empresa, incluindo o sueco Ibra, o francês Paul Pogba e o norueguês Haaland, este último o mais cobiçado desta próxima janela de transferências.
Não à toa Mino Raiola foi considerado em 2021 como o quarto agente mais bem pago do mundo, em levantamento da revista Forbes que calculou seus ganhos em 84,7 milhões de dólares (cerca de R$ 420 milhões) só no ano anterior, em 2020.
O empresário chegou a ser suspenso de atuar como agente por três meses, em 2019, por motivo sigiloso. A punição partiu da Federação Italiana de Futebol, que depois a Fifa reforçou, mas em cinco semanas acabou revogada por um tribunal italiano.
Veja a íntegra da nota oficial da família:
Em infinito pesar, comunicamos o falecimento do mais cuidadoso e incrível agente de futebol que já existiu. Mino lutou até o final com a mesma força que colocava nas mesas de negociação para defender seus jogadores. Como sempre, Mino nos deixou orgulhosos e nem percebeu.
Mino tocou tantas vidas a partir de seu trabalho e escreveu um novo capítulo na história do futebol moderno. Sua ausência será para sempre sentida.
A missão de Mino de tornar o futebol um lugar melhor para os jogadores vai continuar com a mesma paixão. Agradecemos a todos pelo enorme apoio recebido durante estes tempos difíceis e pedimos respeito e privacidade para a família e os amigos neste momento de luto.
Família Raiola.
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