Sócios do Vasco aprovam alteração do estatuto para criação da SAF
Os sócios do Vasco deram um grande indicativo de que querem a Sociedade Anônima de Futebol no clube. Em votação realizada hoje de maneira híbrida, eles aprovaram a alteração no estatuto que permite a criação da SAF. Do total de 5.901 aptos a votar, 4.210 participaram, sendo que 3.260 (77,44%) apoiaram a mudança contra 925 (21,97%) que se opuseram. Houve ainda 25 (0,59%) que optaram pela abstenção. Ao todo, 93,6% votaram de maneira online.
Tal decisão pode ser considerada um grande passo rumo à transformação em clube-empresa. Agora o Vasco aguarda a chegada da proposta vinculante da 777 Partners - fundo que deseja gerir a SAF - para colocá-la em análise no Conselho Deliberativo, algo que deve ocorrer ainda em maio. Em seguida, uma última convocação de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) será feita para os sócios votarem sobre a venda de 70% da Sociedade Anônima aos norte-americanos.
Ainda não há uma data precisa sobre quando esta nova votação ocorrerá, mas os envolvidos no processo acreditam que isto acontecerá na segunda quinzena de junho.
Até o momento há um memorando de entendimento entre Vasco e 777 Partners onde os norte-americanos realizaram um empréstimo-ponte de R$ 70 milhões. Há também uma promessa da empresa de um aporte total de R$ 700 milhões de investimento no futebol nos próximos três anos.
Após batalha judicial, eleição transcorre com tranquilidade
A tranquilidade da votação de hoje contrastou com a batalha judicial ocorrida na véspera. No início da noite de sexta-feira, o juiz Marcio Alexandre Pacheco da Silva, da 45ª Vara Cível, acatou uma ação do sócio Yuri Menêses Nascimento Gomes, que alegava irregularidades nas atas do Conselho Deliberativo. O associado é ligado ao grupo político "Casaca", historicamente simpatizante do ex-presidente Eurico Miranda.
No entanto, o departamento jurídico do Vasco conseguiu derrubar a decisão no início da madrugada, no plantão judiciário, com um agravo de instrumento cedido pela desembargadora Lucia Regina Esteves de Magalhães.
Com a eleição mantida, a votação teve início às 10h e transcorreu com extrema tranquilidade. Quem quisesse exercer seu voto presencialmente, o fez na sede do Calabouço, no Centro (RJ), mesmo local onde estava a mesa diretora e os auditores da empresa "The Perfect Link".
Desde as primeiras horas do dia, os associados receberam uma senha por email e SMS. Bastava ele utilizá-la juntamente com o CPF para votar no sistema, que era operado pela empresa "Taffner".
Apenas dois sócios formalizaram um protesto documental. O primeiro, feito pelo advogado Leonardo Rodrigues, do grupo político "Fuzarca", alegou — entre outras questões — a falta de cédula para votar na sede. Já o segundo foi assinado pelo ex-candidato à presidência Sérgio Frias e outros 19 associados ligados ao "Casaca".
Este último foi entregue por volta das 21h20, ou seja, faltando apenas 40 minutos para o término da votação, algo que atrasou a divulgação do resultado, já que, pelo estatuto, a mesa diretora tem até uma hora para responder o documento.
O número de votantes gerais da eleição de hoje superou os dois pleitos presidenciais que aconteceram em novembro de 2020.
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