VP rebate críticos por derrota em dérbi: 'já saí de estádio em um tanque'
O técnico Vítor Pereira falou pela primeira vez sobre a derrota do Corinthians por 3 a 0 para o Palmeiras na semana passada. O treinador rebateu críticas sobre não saber a importância do clássico e afirmou que a escalação sem diversos jogadores experientes aconteceu por causa de um surto de gripe que atingiu o elenco.
A derrota aconteceu no fim de semana em que o Corinthians fazia um "apagão" em sua comunicação. O clube proibiu as entrevistas coletivas, o que impediu que o treinador falasse sobre o jogo na ocasião. Na terça-feira, na vitória sobre o Boca Juniors, a equipe foi comandada por Filipe Almeida, auxiliar do treinador português, que se recuperava da covid-19.
"Dizem "ele não sabe o que é dérbi". Como não sabe o que é um dérbi? Vocês sabem quantos dérbis eu já joguei na minha vida? Eu já joguei dérbi atrás de dérbi em países em que eles matam, esfolam, nem nos deixam sair. Eu já saí de tanque de guerra de um estádio até o aeroporto. Na Turquia. Vem falar para mim que não sei o que é um dérbi? Não brinque comigo", rebateu Vítor Pereira.
O treinador afirmou que o plano inicial era ir com força máxima nos jogos contra Palmeiras e Boca Juniors. Para isso, mandou uma equipe reserva para a partida contra a Portuguesa-RJ, pela Copa do Brasil. O surto de gripo, no entanto, atrapalhou os planos.
"A intenção era chegar contra o Palmeiras no máximo da nossa força e chegamos contra o Palmeiras com jogadores dizendo no dia que não podiam jogar. E depois me criticam. Criticam porque não sabem o que se passa. E como não têm informação... eu não vim aqui depois do jogo porque o clube determinou que não era para eu vir, senão eu teria vindo aqui explicar, porque gosto de dar a cara, eu dou a cara, assumo as responsabilidades. Agora, as pessoas têm que ter informação para falar", prosseguiu.
Confira a declaração completa de Vítor Pereira sobre a derrota para o Palmeiras:
Dizem "ele não sabe o que é dérbi". Como não sabe o que é um dérbi? Vocês sabem quantos dérbis eu já joguei na minha vida? Eu já joguei dérbi atrás de dérbi em países em que eles matam, esfolam, nem nos deixam sair. Eu já saí de tanque de guerra de um estádio até o aeroporto. Na Turquia. Vem falar para mim que não sei o que é um dérbi? Não brinque comigo.
Pensando no dérbi contra o Palmeiras, o que fizemos? Vamos arriscar o jogo da Copa do Brasil e vamos deixá-los se recuperando para chegar nos jogos do Palmeiras e do Boca Juniors fortes. Sabem o que aconteceu? Por muito azar, nessa semana tivemos vários casos de gripe. Quando chegamos do jogo da taça, estavam vários jogadores doentes, com dores no corpo, febre, com dificuldades respiratórias.
A intenção era chegar contra o Palmeiras no máximo da nossa força e chegamos contra o Palmeiras com jogadores dizendo no dia que não podiam jogar. E depois me criticam. Criticam porque não sabem o que se passa. E como não têm informação... eu não vim aqui depois do jogo porque o clube determinou que não era para eu vir, senão eu teria vindo aqui explicar, porque gosto de dar a cara, eu dou a cara, assumo as responsabilidades. Agora, as pessoas têm que ter informação para falar.
Vim envergonhado porque uma equipe minha jogou daquele nível. Foi uma facada no peito. O que fizemos contra o Boca Juniors? Demos a resposta, porque se tivéssemos jogados contra o Palmeiras com a equipe que eles dizem que é a titular, chegaríamos mortos contra o Boca Juniors e não teríamos chance alguma.
Temos que ter um pouco de consciência. A única forma de manter o Corinthians competitivo nas diferentes competições, porque temos que manter o Corinthians vivo nas competições, é com rodízio. Se não houver rodízio... o jogador pode ter uma qualidade muito alta, mas se está morto, o que posso fazer?
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