Cruzeiro atrasa pagamentos de acordo, e Dedé cobra R$ 17,7 mi na Justiça
O zagueiro Dedé entrou novamente na Justiça contra o Cruzeiro, já que o clube não cumpriu o acordo feito em julho do ano passado. Ficou acertado que a Raposa pagaria R$ 16,6 milhões ao jogador, em 60 parcelas de R$ 276 mil. A primeira venceu em 15 de janeiro, mas como o Cruzeiro não depositou nenhum valor referente aos quatro meses de 2022, Dedé entrou com pedido de prosseguimento de execução na Justiça do Trabalho.
No acordo feito ano passado, o Cruzeiro ainda tinha de pagar R$ 1,1 milhão ao advogado do jogador, em 24 parcelas. Mas também não efetuou nenhum pagamento, totalizando a cobrança de R$ 17,7 milhões. Além disso, Dedé cobra multa pelo atraso nos depósitos e a inclusão da SAF (Sociedade Anônima do Futebol).
Entre os pedidos feitos por Dedé, está para que aconteça bloqueios da receita gerada pelo clube, para garantir o pagamento do valor que é devido ao jogador. Para justificar o pedido, a defesa do zagueiro alega que o Cruzeiro ainda não não oficializou o Regime Centralizado de Execuções, conforme prevê a Lei da SAF.
"Não sendo demais salientar que, embora a Lei nº: 14.193/2021 que, possibilitou a criação da SAF, permita o pagamento dos débitos do clube por meio do Regime Centralizado de Execuções, até a presente data nada foi oficializado pelo Reclamado em relação as medidas perante esta justiça especializada o que autoriza o prosseguimento da execução com todas as constrições legalmente permitidas", cita a ação movida por Dedé, em 29 de abril.
De acordo com a Lei, os clubes podem criar uma fila de credores e quitar os débitos em até dez anos. A informação foi divulgada inicialmente no ge e confirmada pelo UOL Esporte.
O Cruzeiro optou por não se pronunciar sobre o assunto.
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