Após o relato exclusivo ao UOL Esporte da jovem que acusa de estupro o jogador Robson Bambu, do Corinthians, Vitor Guedes questiona a falta de um posicionamento do clube, que defende bandeiras como o 'Respeita as Minas', mas que até o momento manteve o zagueiro integrado ao elenco, inclusive na delegação que viajou à Colômbia para enfrentar o Deportivo Cali, amanhã (4), pela Libertadores.
No UOL News Esporte, o jornalista cita o afastamento de Danilo Avelar por um caso de racismo e questiona por que o Corinthians dá um tratamento diferente em um caso em que há uma investigação de violência contra a mulher.
"Teve um caso de comportamento racista do Danilo Avelar em uma rede social e o Corinthians afastou ele imediatamente e aí eu entendo, sem ser advogado, que o Corinthians não podia rescindir o contrato e deixar de pagar porque o Corinthians não é a Justiça, não pode punir um jogador por estupro ou por racismo, até porque seria condenado depois a pagar os salários. Moralmente, o Corinthians afastou o Danilo Avelar", diz Vitão.
"Eu queria entender a diferença, por que no caso do Robson Bambu ele voltou a ser relacionado e joga normalmente até a Justiça se posiciona. Por que no caso do Bambu ele voltou a ser relacionado? Eu acho que o mínimo que o Corinthians deveria fazer esportivamente é afastar o jogador", completa.
O jornalista afirma que há um grande impacto institucional para o Corinthians e vê a campanha que pede respeito às mulheres ficar dando mostras mais de marketing do que de um posicionamento real do clube.
"A perda institucional do clube ao apoiar essa ação, ao ficar indiferente é chocante, ainda mais em um clube que, como muitos, o Corinthians faz muitas campanhas que me parecem marketing mais do que sinceridade, que é o tal do 'respeite as minas', o 'time do povo'. O time do povo que a camisa custa R$ 600, escreve lá 'time do povo', 'respeita as minas' com um conselheiro que falou um monte de bobagens e no conselho passam pano e ele, o Mané da Carne, estou dizendo aqui, não é condenado", afirma Vitão.
"A mensagem que passou para mim é que crime contra a mulher é menos grave que crime racial e eu não acho que crime racial não seja grave, eu só não entendo essa diferença, eu gostaria que no mínimo o Robson Bambu não estivesse em Cali com a delegação do Corinthians, é isso o que eu espero", conclui.
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