O Athletico Paranaense demitiu Fábio Carille após a goleada por 5 a 0 sofrida para o The Strongest, em La Paz, na noite de ontem (3), pela quarta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. O técnico ficou apenas 21 dias no comando e se tornou o quinto treinador da elite do Brasileirão a cair antes mesmo de o campeonato chegar à quinta rodada.
E aí, Fábio Carille merecia mais tempo no comando do Athletico ou a demissão —após três derrotas consecutivas e uma expressiva goleada na Libertadores— foi justa? Fizemos essa pergunta aos colunistas do UOL Esporte. Veja o que eles pensam:
A demissão de Fábio Carille com três semanas no cargo (sete dias de treinamento!), independentemente da derrota por goleada, é a prova de que a tal gestão profissional que tanto se gosta de propagar é apenas discurso. Na prática, segue tudo como dantes: a expectativa de que um treinador consiga um tropeço pior e qualquer planejamento voa pela janela. Ou o Athletico-PR não conhecia o estilo do técnico antes de contratá-lo? Lamentável.
ALICIA KLEIN
A demissão de Carille fica ainda mais absurda considerando o tempo que o Athletico deu a Alberto Valentim, só por causa de um título de Sul-Americana e uma classificação para a final da Copa do Brasil que passaram pouco pelo treinador. No final, é resultadismo puro, mesmo com Petraglia.
ANDRÉ ROCHA
Demitir Fabio Carille com 21 dias por conta de uma derrota na altitude é o puro suco de Brasil. Seria justificável caso ele tivesse agredido atletas, desrespeitado dirigentes ou algo muito grave, que é o que não parece até aqui. O Athletico parece perdido.
DANILO LAVIERI
O Furacão está perdidinho da silva. Não tem a menor ideia de pra onde ir.
JUCA KFOURI
Merecia mais tempo e mostra que apesar de ter uma das melhores estruturas do Brasil, a direção do Athletico é tão amadora quanto outros clubes que hoje são mais bagunçados.
MARCEL RIZZO
Uma loucura demitir com um mês de trabalho, mesmo um trabalho questionável. Petraglia é isso mesmo. Um sujeito que ilude torcedores do Athetico com o papo de ganhar um Mundial 3 se transformar no maior time da América do Sul.
MENON
A demissão mostra que o Athletico-PR está perdidão e não sabe bem o que quer para o time. Vencer, vencer, vencer a qualquer custo sempre não vai acontecer. Vencer solidamente no começo de um trabalho, menos ainda. Em um mês não tem como o treinador sequer entender onde está, quem é quem, o que pode funcionar, o que deve ser descartado. Tá certo que algumas goleadas derrubam mesmo treinadores, mas não com um mês de trabalho.
MILLY LACOMBE
Carille foi extremamente injustiçado pelo Furacão. A goleada na Bolívia foi um vexame, mas nada justifica interromper um trabalho com apenas 21 dias. E Fábio Carille é bom técnico e merece chances ainda em times grandes.
MILTON NEVES
Não é nem questão de merecer. O mínimo que se espera é que não se discuta a troca de treinador com só 21 dias de trabalho. A demissão de Carille é mais vergonhosa para o Furacão do que levar de 5 do The Strongest. Demonstração de falta de convicção da diretoria ao escolher o técnico. Coisa de dirigente que administra o clube fazendo apostas e média com a torcida.
PERRONE
Nunca uma demissão após sete jogos pode ser considerada justa. É um desrespeito.
RODOLFO RODRIGUES
Merecia sim. Demitir um técnico com 21 dias de trabalho só se justificaria se ele tivesse cometido algum ato de extremo desrespeito ao clube ou a algum funcionário. Não foi esse o caso. E o Furacão fez bons jogos com Carille. Mais uma vez Mario Celso Petraglia mostra a sua pior face. Um dirigente totalmente despreparado emocionalmente e autoritário.
RODRIGO COUTINHO
Não se perde de 5 a 0 impunemente, mas não acho que em 21 dias de trabalho nem a vitória sobre o Flamengo nem o vexame na Bolívia têm as digitais do técnico. É muito mais culpa da diretoria, que acha supimpa essa estupidez de jogar quase quatro meses de preparação e ritmo de competição no lixo ao ignorar o Paranaense. Há quem ache moderno... Essa culpa eu não carrego!
VITOR GUEDES
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