Ativo nas redes, auxiliar cria laço com o Botafogo e conquista a torcida

Braço direito de Luís Castro, Vítor Severino desembarcou no Brasil juntamente ao técnico para iniciar a trajetória no Botafogo. Ativo nas redes sociais, antes mesmo de chegar a General Severiano, o português já havia caído nas graças da torcida, e se mostra cada vez mais identificado com o Alvinegro.

Vítor Severino, inclusive, tornou-se sócio-torcedor do Glorioso em meio à recente campanha de associação em massa, e que fez o clube ultrapassar 33 mil integrantes do programa "Camisa 7", marca que foi bastante celebrada.

Publicações relacionadas ao Botafogo e à torcida, além de interação com o perfil oficial do clube e com os próprios alvinegros, se tornaram comuns, e fizeram o auxiliar-técnico, rapidamente, se tornar quase que um xodó.

Ele também já mostrou ter comprado peças do Glorioso para a família, como camisas para a esposa, Joana, e para Beatriz, filha mais velha. Ele também é pai de Eva, que nasceu em janeiro.

Neste cenário em que a essa relação vem sendo construída, Vítor Severino já até ganhou um presente. A estudante de psicologia Anna Pompeu, fanática torcedora do Botafogo, entregou a ele, em mãos, antes do duelo com o Juventude, uma edição do livro "O cortiço", romance do escritor Aluísio de Azevedo e um dos clássicos da literatura brasileira.

"Há um tempo, ele postou no Twitter sobre o Dia Mundial do Livro e perguntou aos seus seguidores os livros que os havia marcado. Eu respondi citando 'O Cortiço'. Quando soube que teria a chance de conhecê-lo na ação matchday do 'Camisa 7', decidi que iria levar um presente também como forma de agradecimento pelo carinho que ele tem com os torcedores e respeito pelo clube. Pensando nesse tweet, achei que um livro seria uma boa opção, já que ele me pareceu um amante da boa literatura. Optei por 'O Cortiço' por ser um grande clássico da nossa literatura e ilustrar bem as bases da sociedade brasileira e, em especial, a carioca. Achei que seria interessante, para um português morando aqui, ter um entendimento melhor de como nossa sociedade foi moldada, e acho que 'O Cortiço' segue sendo atual", contou ela, ao UOL Esporte.

"Entreguei o livro antes do jogo contra o Juventude. Ele, já nesse dia, me agradeceu bastante, fiquei surpresa e bem feliz quando ele veio a público me agradecer mais uma vez, de forma super gentil e delicada", completou.

O auxiliar também mostra querer conhecer o Rio de Janeiro. Já divulgou registros de uma visita ao Vidigal, comunidade localizada na zona sul da Cidade Maravilhosa, à praia e também esteve em um ensaio de rua da Mangueira, famosa escola de samba.

Severino e Luís Castro se conheceram durante um curso de treinadores da Uefa— ambos têm a licença máxima — em 2013. À época, Luís Castro coordenava as divisões inferiores do Porto, e Vítor estava na base do Académica de Coimbra, além de dar aulas na Universidade de Coimbra sobre Metodologia do Treino em Futebol, no curso de Ciências do Esporte.

Castro o chamou para o Dragão. Depois, o atual técnico do Botafogo recebeu proposta para assumir o comando da equipe do Rio Ave e, ali, se iniciou o laço ainda mais próximo e direto, com o convite para se tornar auxiliar, vínculo que dura até hoje, com passagens por Chaves, Vitória de Guimarães, Shakhtar Donetsk-UCR, e Al Duhail, do Qatar.

Vítor é também um dos embaixadores do projeto "aPalavra", que, nas páginas oficiais nas redes sociais, aponta ter "como objeto apoiar, promover e contribuir para a proteção de pessoas, em especial crianças e jovens, famílias e comunidades mais carenciadas e desfavorecidas" e "ajudar quem mais precisa, com o futebol". Recentemente, foram realizados leilões solidários — algumas peças foram camisas doadas por jogadores — para ajudar as vítimas do conflito entre Ucrânia e Rússia.