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Com um atleta a cada 3 dias no DM, VP sofre com baixas no Corinthians

Paulinho, volante do Corinthians, se exercita na esteira do CT Dr. Joaquim Grava - Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Paulinho, volante do Corinthians, se exercita na esteira do CT Dr. Joaquim Grava Imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

07/05/2022 04h00

Desde que treinou o Corinthians pela primeira vez, no dia 28 de fevereiro, o português Vítor Pereira lida com um problema praticamente constante no CT Joaquim Grava: as idas e vindas ao DM. Em média, e pelos mais variados motivos, o departamento médico do Timão recebe um novo atleta a cada três dias. Os nomes da vez são Paulinho, Fagner e Luan.

A situação mais grave é a do camisa 15, a principal contratação do Corinthians nesta temporada. O volante rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, no último domingo (1º), e aguarda o desinchaço na região para marcar a cirurgia de reconstrução. O período de recuperação é de seis a oito meses, o que inviabiliza a presença do meio-campista em campo no restante desta temporada.

Os casos de Fagner e Luan são menos preocupantes. O lateral sofreu uma entorse no tornozelo direito diante do Deportivo Cali e deve ficar sob os cuidados dos fisioterapeutas do clube por uma semana, enquanto o camisa 7 trata de um incômodo no quadril e, ontem (6), aplicou ácido hialurônico para diminuir as dores. O problema acompanha o meio-campista desde o mês de março e o tirou de mais de uma dezena de treinamentos no CT Joaquim Grava.

As idas e vindas ao departamento médico acabam por atrapalhar o trabalho da comissão técnica de Vítor Pereira. Muitas vezes, os fatores que justificam a perda de um atleta por um ou dois dias não possuem relação alguma com o futebol, como foram os casos de gripe que afastaram Victor Cantillo, Gil, Cássio e Willian, ou a infecção por covid-19 que tirou o próprio treinador do dia a dia do centro de treinamento.

A gestão da carga de trabalho nas sessões de treinamento do Corinthians não é um problema detectado internamente. Afinal, os departamentos do clube são integrados, monitoram dados da saúde dos atletas, o nível de fadiga muscular e se comunicam constantemente com a equipe técnica portuguesa antes da montagem dos exercícios que serão passados aos atletas em campo e também na academia.

Nas primeiras semanas de Vítor Pereira no Timão houve relatos de uma cobrança maior do que a anterior em termos físicos. A intensidade implementada pelo treinador pegou alguns de surpresa e não foram raros os casos de afastamento de um outro atleta por conta de algum tipo de desconforto. Nomes como Bruno Melo, Fagner e Robson Bambu chegaram a sofrer lesões musculares e desfalcaram o Corinthians por semanas a fio.

No mais, o clube lidou muitas vezes com a má sorte. Foram os casos, por exemplo, de Willian, Gustavo Mosquito e Adson. Todos eles ficaram sob os cuidados do departamento médico após sofrerem pancadas em jogos da equipe. O lateral Fagner sofreu uma entorse no duelo com o Deportivo Cali, na última quarta (4), ao pisar em um buraco do gramado.

O fato é que, dos 68 dias de trabalho de Vítor Pereira no Corinthians, o departamento médico registrou a entrada de 23 atletas com os mais variados tipos de problemas. Fora a lesão de Paulinho, não houve outro caso grave, mas a recorrência da situação acaba por atrapalhar a comissão técnica em seu planejamento de treinamentos, viagens e escalação da equipe nos jogos da Copa do Brasil, Copa Libertadores e também Brasileirão.

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