Inter divulga nota coletiva e reforça divergências sobre criação de Liga
No início da tarde de hoje (7), o Internacional divulgou uma nota citando os pontos em debate sobre a criação da Libra, como tem sido chamada a Liga dos principais clubes brasileiro. A manifestação do clube gaúcho acontece após um encontro ocorrido ontem (6).
A reunião foi realizada de forma virtual e contou com representantes de boa parte da Série A e da Série B.
A manifestação é coletiva e sublinha pontos em que não há acordo imediato. O principal deles é a divisão de receitas.
O comunicado cita o grupo de seis clubes formado por Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos, Red Bull Bragantino e Flamengo, que conseguiram apoios de Ponte Preta e Cruzeiro, e encabeçam o plano original, do qual o Inter e a maioria dos demais membros da reunião de ontem discordam.
"Os termos aceitos em São Paulo por outros 6 clubes perpetuam o abismo que existe hoje, ao manterem a parte igualitária das receitas em 40%, enquanto nos campeonatos mais bem sucedidos este percentual pode chegar a 68% somando todos os direitos domésticos, internacionais e de marketing, caso da Premier League, por exemplo. Não é aceitável que haja clubes ganhando 6 vezes mais do que outros, enquanto nas melhores Ligas do mundo essa diferença não ultrapassa 3,5 vezes", diz trecho da nota publicada no site do clube gaúcho.
De acordo com apuração do UOL Esporte, o Inter deve estar presente na reunião marcada para o dia 12, quando os 40 principais clubes do país devem se posicionar sobre a Liga.
Confira a nota publicada pelo Colorado na íntegra
Nesta sexta-feira (06/05), o Internacional participou de reunião que tratou da primeira proposta de estatuto da Liga de Clubes do país. Confira a nota elaborada pelas instituições representadas no encontro:
Clubes das séries A e B discutem contraproposta para criação da Liga
A maioria dos clubes de futebol integrantes das séries A e B do Campeonato Brasileiro segue em seu esforço pela criação da Liga de Clubes e, com esse objetivo, se reuniu na tarde desta sexta-feira para discutir os critérios que nortearão, em bases sustentáveis e justas, o equilíbrio de forças no futuro.
Entre os assuntos debatidos, o mais relevante foi a divisão de receitas de forma que contribua de fato para o aprimoramento da competição, tornando menos desiguais as condições de competitividade atuais.
Os termos aceitos em São Paulo por outros 6 clubes perpetuam o abismo que existe hoje, ao manterem a parte igualitária das receitas em 40%, enquanto nos campeonatos mais bem sucedidos este percentual pode chegar a 68% somando todos os direitos domésticos, internacionais e de marketing, caso da Premier League, por exemplo.
Não é aceitável que haja clubes ganhando 6 vezes mais do que outros, enquanto nas melhores Ligas do mundo essa diferença não ultrapassa 3,5 vezes.
Outro ponto a ser aprimorado é a adoção de premissas que não privilegiem pilares de difícil aferição, em especial ao que tange a engajamento. Tais critérios, na visão da maioria dos clubes que participaram da reunião, apenas perpetuam a posição de superioridade de alguns sobre outros, não dando a oportunidade de maior equilíbrio dos campeonatos.
A criação da Liga entre os 40 clubes será a oportunidade de se mudar efetivamente o futebol brasileiro e esse objetivo não pode se subordinar a interesses individuais de alguns, petrificados há décadas na superioridade de recursos. Sabemos que não seria justo buscar igualdade total de receitas, mas sim equanimidade e melhor distribuição.
O futebol brasileiro não avançará sem que haja um consenso entre os 40 clubes das séries A e B de que a justa distribuição de receitas gerará maiores oportunidades na disputa.
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