Zé Ricardo elogia perseverança e vê melhora do Vasco no fator emocional
O técnico Zé Ricardo se mostrou satisfeito com a atitude dos vascaínos na vitória por 1 a 0 contra o CSA, pela sexta rodada da Série B, e elogiou a perseverança e a resiliência de sua equipe: "São as palavras que marcam nosso grupo."
O treinador ponderou que o jogo diante dos alagoanos, time sobre o qual rasgou elogios, pedia doação ao máximo e boa estratégia para vencer. Para ele, os cruz-maltinos atingiram o objetivo.
"Os meninos evoluíram na questão emocional, ficaram na estratégia o tempo todo. Voltamos compactados à segunda etapa, não adiantava marcar de qualquer maneira. Acertamos isso, buscamos equilíbrio, e no nosso momento bom, quando já merecíamos o gol, soubemos aproveitar a oportunidade", afirmou o comandante do Vasco.
Sobre o resultado, que faz o Vasco dormir na quinta posição, com dez pontos, Zé Ricardo compreende que a vitória dá mais confiança aos garotos vascaínos e tranquilidade para o trabalho durante a próxima semana. No entanto, a colocação na tabela da Série B importa pouco para o técnico nesse momento.
"O que marca uma Série B é aprender dentro do processo. Não podemos querer subir na terceira ou quarta rodada. A pressão nós entendemos, é um clube imenso, gigante. O fato de estarmos invictos também não quer dizer nada, mas o mais importante é estar próximo dos quatro primeiros", avaliou o treinador, após dizer duas vezes que o essencial é estar no G4 ao fim da 38ª rodada.
O próximo compromisso do Gigante da Colina no dia 15 (domingo), quando recebe o Bahia, às 16h, em São Januário, pela sétima rodada da Segundona.
Veja outras respostas de Zé Ricardo na entrevista coletiva:
O que faltou no primeiro tempo? E ao que atribui a melhora?
"Estudamos bem o adversário. Têm uma equipe que trabalha muito nos cruzamentos. Esperávamos a entrada do Dalberto, e entendi que o Edimar era importante, e ele foi muito bem. A ideia do Getúlio foi para fortalecer nossa bola aérea defensiva e ter uma sobrecarga ao Raniel. O Getúlio começou bem a partida, mas perdeu um pouco a concentração, tentou a marcação de forma ansiosa. Depois disso perdemos o controle do primeiro tempo. Uma equipe difícil de ser batida. Sabíamos que seria complicado. Pedi no intervalo para que não entrássemos na crítica, que deixassem isso comigo.
O Juninho entrou bem, o Palacios está se recondicionando, o Figueiredo queria deixá-lo para o segundo tempo. Um jogo pensado, dentro de uma estratégia, tem vezes que dá certo e outras que não. Fiquei feliz pelo que a equipe apresentou."
O quanto a vitória dá tranquilidade perante as críticas?
"A gente quando não ganha não é o pior, e quando vence não é o melhor. O que marca uma Série B é aprender dentro do processo. Não podemos querer subir na terceira ou quarta rodada. Mas estamos crescendo e trabalhando muito, e o que me faz saber disso é o dia a dia. A pressão entendemos, é um clube imenso, gigante. Eu mais que ninguém quero estar entre os quatro ao final da 38a rodada. O fato de estarmos invictos também não quer dizer nada, mas o mais importante é estar próximo. São jogos assim que vão dando um pouco mais de confiança à equipe. Os meninos evoluíram na questão emocional. Ficaram na estratégia o tempo todo. Voltamos compactados à segunda etapa, não adiantava marcar de qualquer maneira. Acertamos isso, buscamos equilíbrio, e no nosso momento bom, quando já merecíamos fazer o gol, soubemos aproveitar a oportunidade que tivemos. Só serve para ganhar confiança e um pouco de tranquilidade, voltar para a semana que vem e pegar uma equipe dificílima."
O quanto se incomoda com essas longas rodadas [desde 2021] sem chegar ao G4?
"Quero que a gente tire esse peso da nossa mochila. Sei que é difícil pro torcedor, mas não adianta estar na zona agora e no fim não estar. O mais importante é insistência, perseverança. Estamos preparados para os momentos ruins e bons. Temos que entender isso, estamos centrados. Entendemos as críticas, aceitamos parte delas e observamos o que podemos tirar de proveito. Mas nossa convicção precisa valer, nossos atletas precisam entender e se sentirem à vontade. Tomara que a gente faça mais uma semana boa, e faça um grande jogo contra o Bahia na semana que vem."
Ao que atribui a melhora na bola aérea defensiva?
"As questões técnicas e táticas temos que saber diferenciar. O Lisca, o Cabo e o Fernando são pessoas por quem tenho respeito enorme, mas posso falar desse ano. Aproveitamos as características dos jogadores e trabalhamos a bola parada. Como trabalhamos bastante, esperamos que o rendimento aconteça. O Anderson e o Quintero têm um bom tempo de bola. Hoje estávamos com um plus, com a entrada do Getúlio e o Raniel, que fazem o confronto direto. É estudar isso bem, cada adversário tem uma estratégia, isso é treinado. "
O que achou da atuação do Palacios?
"Um processo de recondicionamento dele, que jogou pouco no ano passado. Todos os funcionários do CT trabalham exclusivamente para deixar condições melhores para os jogadores. Pretendia colocar um pouco antes, mas senti Nenê bem na partida, mas entendi que a entrada do Juninho daria mais corpo ao meio de campo. E quando o Andrey tomou o amarelo, quis trocar o Junior e depois entrar com o Palacios. Ele é um jogador que tem um toque diferente, pode limpar a jogada num toque, além de ser forte no 1 contra 1. Está crescendo, mas é tirar a pressão dele. Queremos que ele faça a transição, o condicionamento dele de forma bem natural. Hoje foi mais um passo nesse sentido."
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