Ceni critica gramado, mas reconhece atuação improdutiva do SPFC no ataque
Para Rogério Ceni, o gramado da Arena Castelão foi um dos principais empecilhos para que o São Paulo produzisse tão pouco ofensivamente no empate por 1 a 1 contra o Fortaleza, na noite de hoje (8), pela quinta rodada do Brasileirão.
"Primeiro, [o resultado] passa pelo gramado. Quando tem um gramado melhor, é mais natural que se crie mais. Quando não está bom, é mais natural destruir as jogadas. Dificulta. Essa época de chuvas judia muito o gramado, tem erros de passe, construção", afirmou o técnico, que também reconheceu a má atuação do time no ataque. Dentro de campo, o Tricolor Paulista criou pouco, sobretudo no primeiro tempo, e teve alguma melhora na etapa final, quando Patrick e Luciano entraram após o intervalo.
"Ofensivamente não criamos tanto como no jogo do Bragantino. Apesar de termos saído na frente, temos que melhorar nesse sentido. Não conseguimos criar tanto, o que mostra que o Fortaleza é uma boa equipe", ponderou ele.
O comandante são-paulino avaliou o lance dos gols na capital cearense, e elogiou Luciano pela movimentação em 'facão' para marcar.
"No nosso gol, o Igor volta centralizado ao segundo tempo, com Patrick de um lado e Alisson do outro. E ele domina esse passe rápido. Muito mérito do Luciano no movimento do facão, teve calma, dominou e finalizou bem", afirmou.
Sobre o tento do Leão, em belo chute de Yago Pikachu, Ceni criticou a arbitragem por não marcar uma falta em Calleri no início do lance.
"O árbitro estragou o jogo não em benefício do Fortaleza, mas picotou o jogo todo. No momento que o Calleri não foi segurado, o árbitro deu sequência, e aí no cruzamento também temos que reconhecer o mérito do Pikachu", concluiu.
O próximo compromisso do Tricolor será na próxima quinta-feira (12), pela Copa do Brasil, quando recebe o Juventude no Morumbi, às 19h30, depois de empate por 2 a 2 no jogo de ida.
Veja outras respostas de Rogério Ceni na entrevista coletiva:
Sequência de jogos em São Paulo
"Primeiro que o Morumbi tem um gramado bom, oferece uma boa condição de jogo. Algumas lesões preocupam a gente, como Sara e Nikão. Mas agora é se recuperar bem, e terça-feira começar a pensar em um jogo que é eliminatório, contra uma boa equipe, o Juventude. Temos que montar o São Paulo para passar essa fase da Copa do Brasil. Foi uma sequência grande de viagens. Há diferenças, é difícil, a cada três dias com viagem é pesado. Vamos tentar fazer jogos melhores, e fazer com que os resultados aconteçam."
Gratidão da torcida e jogadores do Fortaleza
"Muito contente pelo carinho. A gratidão que as pessoas demonstram é a mesma que tenho pelo clube. Ver o Fortaleza bem em cenário internacional nos deixa muito felizes. Sempre [terão] minha torcida pelo clube, e que continue evoluindo."
Conversa com a arbitragem. O que falou?
"É ruim, porque você tem seus defeitos, o time não produz, e quando se fala de arbitragem parece que se foge da arbitragem, mas a verdade é que a arbitragem foi um desastre. Ela não ajudou o jogo a se desenvolver. Única reclamação grave [sobre um lance específico] é que no momento do lance da falta, quem pega a bola rápida, bate na bola, não tem como parar essa jogada. Picotou o jogo todo. Não tem ninguém feliz com a arbitragem."
Se o foco principal está no Brasileirão, qual o balanço do início do campeonato?
"Meu objetivo é ganhar o próximo jogo independentemente do campeonato. No Brasil, não sei se tem alguém com condições de levar o time às finais das competições e ser campeão brasileiro. Talvez o Atlético-MG ou o Flamengo. Mas a realidade não é como a gente imagina o passado. Temos que devagar voltar a cresce. No Brasileiro, não quero passar mais o que passamos no ano passado. Mas podemos brigar por mais, é um campeonato muito parelho. No Brasileiro, cada jogo tem que ser tratado como uma final. Uma vitória nos levaria ao segundo lugar hoje, mas empatamos e ficamos em quinto ou sexto lugar."
Aspecto físico tem atrapalhado? SPFC e Fortaleza estão no mesmo patamar?
"Difícil dizer. Vejo o elenco do Fortaleza forte. O nosso também, em números, se tivessem todos à disposição, seriam elencos equilibrados. Eu não me apegaria à tabela de classficiação de hoje. Não diz o que será o campeonato. Muita coisa vai acontecer. Temos esse período com as equipes quase todas jogando toda quarta e domingo. Vamos ver quem vai durar mais, aguentar mais. Vamos ter a janela de transferência, que sempre tem clubes perdendo jogadores. Vamos ver quem tem uma boa sequência depois disso. A tabela é muito ilusória nesse momento."
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