Paulo Sousa vê Fla repetir erros e busca time mais eficaz para mudar rumo
Com o objetivo de fazer o Flamengo remar em mares menos agitados, Paulo Sousa busca soluções que possam dar resultados a curto prazo. E um dos focos do técnico é fazer a equipe ter uma maior efetividade. Antes ponto forte do Rubro-Negro, o setor ofensivo está sob avaliação e há a procura por um melhor rendimento.
Até aqui, a equipe da Gávea marcou quatro gols em cinco partidas no Campeonato Brasileiro, tendo uma média de 0,8. Na atual edição da competição, o Fla finalizou 76 vezes, sendo 27 no alvo, com 14,8% deles transformados em comemoração, segundo dados do Sofascore.
Se recortarmos 2019 e 2020, anos em que o Flamengo terminou campeão, a atual campanha, em números, está entre o time de Abel Braga e o de Domènec Torrent. No primeiro ano citado, nas cinco primeiras rodadas, foram 80 finalizações, 28 no alvo e oito gols, enquanto no seguinte foram 75 chutes, 18 certos e três gols. Em todas as rodadas, teve mais posse de bola que o adversário - variando entre 52% e 59% —, mas nem sempre conseguiu converter isso em resultados positivos.
Após a derrota para o Botafogo, no último domingo, Paulo Sousa admitiu que ainda há pontos a serem consertados na equipe, e citou que o "volume de oportunidades foi avassalador".
"O volume de oportunidades foi avassalador, essa é a maior explicação. (...) Tivemos várias oportunidades bem claras, um volume bastante grande. Tirando os primeiros 15 minutos, em que nos precipitamos e não tivemos o controle do jogo, a partir dos 15 organizamos bem, criamos nos corredores e na parte central. Criamos oportunidades, fizemos o gol, que foi anulado. Sobretudo, explica-se dessa forma. Tivemos várias oportunidades bem claras para sair daqui com uma vitória", disse.
"Temos que continuar mantendo o índice ofensivo como hoje, mas mais efetivos para conseguir as vitórias", afirmou, em outro momento.
Segundo informação publicada pelo Footstats, o time da Gávea tem a quarta pior pontaria do Brasileiro, à frente apenas de Fortaleza, Athletico-PR e Atlético-GO.
Os próprios jogadores, como Everton Ribeiro, admitem que o setor não tem conseguido corresponder ao esperado pelo treinador e torcida.
"Criamos bastante, mas faltou eficácia para fazer o gol, sair na frente e nos dar a tranquilidade para poder controlar o jogo. Acabamos, em uma pressão, sofrendo o gol, mas faltou, realmente, eficiência ali na frente para matar o jogo", apontou, na saída do Mané Garrincha.
O problema, porém, não é novo, e se torna mais um obstáculo em meio ao momento de pressão. Ainda no decorrer do Estadual, o técnico havia citado tal questão em mais de uma oportunidade e chegou a usar a expressão "fome de gol" em uma delas.
"Temos tudo para fazer um grande ano com o Paulo. Ele tem, cada vez mais, nos mostrado o caminho. A gente sabe que a cobrança é grande. A gente sempre vai fazer o melhor, temos de melhorar, não estamos sendo eficazes", afirmou o camisa 7.
Anunciado em dezembro do ano passado, Paulo Sousa ainda busca fazer o time engrenar, e se vê pressionado, principalmente, após as recentes declarações de Jorge Jesus, ex-treinador do Flamengo, a Renato Maurício Prado, colunista do UOL Esporte. Internamente, porém, tem o apoio e a confiança de que o trabalho pode render bons resultados e mudar o cenário.
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