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'Achei que era mais forte que a dor', diz Rodrigo Caio após voltar a atuar

Rodrigo Caio em ação pelo Flamengo, na partida contra o Altos-PI, pela Copa do Brasil - Gilvan de Souza/CRF
Rodrigo Caio em ação pelo Flamengo, na partida contra o Altos-PI, pela Copa do Brasil Imagem: Gilvan de Souza/CRF

Letícia Marques

do UOL, no Rio de Janeiro

11/05/2022 23h13

A classificação do Flamengo para as oitavas da Copa do Brasil na vitória por 2 a 0 em cima do Altos, hoje (11), em Volta Redonda, teve um ingrediente especial. Isso porque, o ponto principal da partida foi o retorno de Rodrigo Caio aos gramados.

Após cinco meses, o zagueiro voltou a vestir a camisa rubro-negra em uma partida oficial. Os 159 dias fora de campo foram marcados por uma artroscopia no joelho direito em dezembro, que sofreu uma inflamação bacteriana em janeiro, o que gerou complicações e dificultou o processo de recuperação.

Neste retorno aos gramados, Rodrigo Caio foi titular, usou a braçadeira de capitão e atuou por 45 minutos - como era previsto pela comissão técnica. Do banco de reservas, aos 13 do segundo tempo, o camisa 3 viu Gabigol abrir o placar e correr para comemorar junto a ele, celebrando a volta. Ao fim da partida, o zagueiro desabafou sobre o período fora de campo.

"2021 foi um ano muito difícil para mim, onde eu segurei ao máximo porque não queria ficar de fora. Levei meu corpo ao maior limite possível. Infelizmente, a gente paga esse preço em algum momento, e eu paguei esse preço. Em algum momento eu achei que era mais forte que a dor, e a gente não é mais forte que a dor. Isso, para mim, foi um aprendizado muito grande. Entendo que a gente tem um limite, e precisa respeitar esse limite", disse, antes de completar:

"Lembro quando chegava em casa, depois de um jogo, destruído. No dia seguinte, quando acordava, colocava o pé no chão, sentia muita dor. Não podia abraçar meu filho, pegar ele no colo, sair com minha esposa, com a minha família. E essa não era uma vida que eu queria. Aguentei até o final. Avaliei, juntamente ao departamento médico, e falei que precisava fazer artroscopia para que pudesse fazer uma limpeza no meu joelho e voltar a jogar saudável. E todo o processo que foi até aqui, nestes 155 dias, foi pensando nisso. Fui bem claro ao departamento médico. Só vou voltar quando eu me sentir 100%, saudável novamente, e hoje posso dizer que estou saudável. Espero que, com o decorrer dos jogos, possa me sentir melhor", finalizou.