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Negociação dá errado e seleção não fará número de amistosos que gostaria

Tite, técnico da seleção brasileira, durante a convocação em maio de 2022 - Lucas Figueiredo/CBF
Tite, técnico da seleção brasileira, durante a convocação em maio de 2022 Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

12/05/2022 19h55

A seleção brasileira fará apenas dois amistosos no mês de junho, ao contrário do que queria a diretoria da CBF e a comissão técnica. A negociação que buscava um terceiro adversário para substituir a Argentina, após o cancelamento do jogo antes marcado para 11 de junho, deu errado. Assim, o Brasil vai enfrentar apenas Coreia do Sul, em 2 de junho, e Japão, no dia 6.

Segundo a assessoria da seleção, houve uma tentativa intermediada pela Pitch International — empresa que organiza os jogos amistosos do Brasil — em parceria com a CBF, mas, discutidas as opções sugeridas nos últimos dias, a comissão técnica entende que as dificuldades logísticas interfeririam na preparação da equipe. A tacada final foi tentar um adversário africano. Mas não deu certo.

Sendo assim, o técnico Tite terá quatro jogos até a convocação final para a Copa do Mundo — os dois em junho e mais dois em setembro. Se a decisão da Fifa prevalecer, um deles será contra a Argentina, "pagando" o jogo que ficou pendente pelas Eliminatórias.

O jogo de junho seria em Melbourne, na Austrália, e chegou a ser anunciado pelas autoridades locais e pela administração do estádio que receberia a partida. Mas os argentinos recuaram, causando surpresa na CBF e na Pitch.

Por mais que a entidade já não queria renovar o contrato com a empresa, por uma série de motivos listados pelo UOL, o entendimento é que a Pitch não tem culpa direta pelo cancelamento do duelo contra os argentinos.

A questão é que a falta de um terceiro jogo atrapalha os planos de Tite de ter um período um pouco mais longo para treinamentos. O jogo contra o Japão será no dia 6 e a delegação ficará liberada no dia 7. Serão pelo menos três sessões de atividades perdidas nesse período, fora o tempo de contato com os jogadores — sobretudo os que brigam pelas vagas que restam no grupo. É o caso do estreante Danilo e os laterais Alex Telles e Guilherme Arana.

Para os clubes brasileiros que cederam jogadores, Palmeiras e Atlético-MG, o período de desfalques é reduzido.