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G4 e oitavas: Pezzolano leva Cruzeiro a melhores resultados após queda

Paulo Pezzolano, técnico do Cruzeiro, em ação na partida contra o Londrina - Alessandra Torres/AGIF
Paulo Pezzolano, técnico do Cruzeiro, em ação na partida contra o Londrina Imagem: Alessandra Torres/AGIF

Lohanna Lima

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte, MG

13/05/2022 04h00

O caminho foi árduo desde a queda do Cruzeiro para a Série B em 2019 até atingir, nesta temporada, o seu melhor desempenho desde então. Foram seis treinadores nos últimos dois anos até que com a chegada de Paulo Pezzolano os ventos finalmente resolveram soprar a favor da Raposa.

No G4 do Brasileiro da Série B pela primeira vez e de volta às oitavas de final da Copa do Brasil após três anos ao derrotar o Remo nos pênaltis, o técnico uruguaio conseguiu os melhores resultados do Cruzeiro desde Mano Menezes no ano da queda.

Mano havia sido o último treinador bem-sucedido no Cruzeiro até então. Bicampeão da Copa do Brasil em 2017 e 2018, ele deixou o clube em agosto de 2019 após perder o jogo de ida da semifinal da competição para o Internacional por 3 a 0.

Desde a saída do treinador, os demais substitutos acumularam fracassos: Rogério Ceni e Abel Braga comandaram o time no restante da Série A por mais de um turno sem conseguir evitar o rebaixamento. Adilson Batista assumiu nos dois jogos finais e muito pouco pôde fazer.

Série de tentativas

Após a queda, passaram pela Raposa o próprio Adilson, que iniciou o trabalho de reconstrução do clube, Enderson Moreira, Luiz Felipe Scolari, Felipe Conceição, Mozart Santos, Ney Franco e Vanderlei Luxemburgo, sendo que nenhum deles conseguiu chegar ao G4 da Série B. Principal objetivo do clube nas duas últimas temporadas. Enderson e Conceição ainda foram eliminados na terceira fase da Copa do Brasil nos dois anos anteriores.

Vice-líder da Série B e classificado às oitavas, Pezzolano tem a confiança da torcida, dos jogadores e de Ronaldo Nazário. A escolha pelo uruguaio se deu, entre outros motivos, por seu modelo de jogo protagonista.

Pezzolano preza pelo volume de jogo e pela busca pelo gol durante toda ou maior parte do jogo, o que casa com o projeto esportivo de Ronaldo para no que diz respeito à filosofia da equipe e à construção de identidade.

Pelo Cruzeiro, Pezzolano soma 24 jogos, com 16 vitórias, dois empates e seis derrotas. No próximo domingo (15), a equipe enfrenta o Náutico, às 16h (de Brasília) nos Aflitos em busca da liderança da Série B.

Para isso, a Raposa precisa vencer e contar com um tropeço do Bahia diante do Vasco, fora de casa, no mesmo dia e horário. Se isso acontecer, Pezzolano terá um novo feito para contabilizar em seus pouco mais de quatro meses à frente do Cruzeiro.

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