Conmebol cogita adiar jogo do Inter em razão de tempestade que atinge o RS
A previsão de ventos fortes, chuva e muito frio pode ocasionar o adiamento do jogo entre Inter e Independiente de Medellín, marcado para as 19h15 (de Brasília), de hoje (17), em Porto Alegre, pela Copa Sul-Americana. A capital gaúcha se prepara para uma forte tempestade e vários serviços já foram cancelados.
O cenário que se desenha para o Rio Grande do Sul é preocupante. Ventos superiores a 110 Km/h, chuva e frio na capital, chance de neve na serra, ressaca, ventos ainda mais fortes no litoral e ondas que podem chegar a seis metros em alto mar. Este é o resumo desta terça-feira na previsão do tempo no Estado.
Tudo é reflexo da tempestade subtropical que recebeu o nome de Yakecan da Marinha. A palavra significa 'o som do céu' em tupi-guarani. O fenômeno ocorre na costa e tem reflexos principalmente no litoral e na região leste do Rio Grande do Sul.
Vários serviços públicos já foram cancelados hoje, como as aulas em escolas e universidades da capital gaúcha. Ainda há previsão de queda de abastecimento de energia elétrica em razão dos transtornos causados pelo vento.
O litoral paulista também pode ser atingido pelos efeitos do Yakecan, mas com menor intensidade.
Consultada pelo UOL Esporte, a Conmebol disse que está avaliando o adiamento do jogo e poderá se manifestar ao longo do dia.
O Internacional, por sua vez, informou que aguarda uma manifestação da Conmebol sobre o tema. O clube ainda emitiu um comunicado dizendo que aprova o adiamento.
"Diante de alertas climáticos emitidos por autoridades, o Sport Club Internacional manifestou oficialmente à Conmebol na manhã desta terça-feira sua preocupação com a realização da partida contra o Independiente Medellín, pela Copa Sul-Americana. Seguimos aguardando orientações e em contato com a Confederação Sul-Americana, colocando o Clube à disposição para qualquer medida que precise ser tomada", informou o clube.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, defende o adiamento da partida. "É uma relação que envolve os clubes e a Conmebol, mas vidas em primeiro lugar. Na dúvida, eu, sinceramente, acho que não deveria acontecer [o jogo], mas essa é uma relação privada. A cidade pode estar em uma situação difícil. Será preciso cuidar da cidade como um todo e tendo aglomeração de torcedores pode gerar um problema a mais. Sei que envolve contratos, transmissão de televisão e uma série de questões, mas quando as coisas acontecem é preciso reavaliar", disse à Rádio Gaúcha.
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