A Conmebol anunciou punições mais severas em casos de racismo na Libertadores, com aumento de multa e a possibilidade de fazer com que o time do torcedor que cometa ato racista jogue com portões fechados. Mas isso não foi o bastante para que mais uma vez torcedores do Boca Juniors imitassem macacos antes do jogo com o Corinthians na Bombonera, em Buenos Aires.
No UOL News Esporte, Andrei Kampff afirma que é preciso que a Justiça Desportiva não demore tanto para tomar suas decisões e também cobra por um processo mais transparente por parte da Conmebol.
"A questão a respeito da celeridade, a Justiça Desportiva tem proteção constitucional porque é uma Justiça diferente, ela precisa justamente disso, de celeridade, não pode se demorar o que se demora na Justiça Comum ou na Justiça Trabalhista para resolver questões esportivas, o campeonato continua, então ele precisa de celeridade inclusive nessas questões que envolvem o preconceito", afirma Kampff.
"A resposta precisa ser dada logo porque não dá para se trabalhar só institucionalmente em uma campanha que gera engajamento, é preciso colocar em prática uma postura institucional e essa postura também é do movimento esportivo e também da Justiça Desportiva. Uma crítica que se faz ao tribunal da Conmebol é que não há transparência nesse tribunal, há uma denúncia, as partes se manifestam por escrito e depois vem uma decisão", completa.
O autor da coluna Lei em Campo, no UOL, afirma que a falta de transparência atrapalha um processo que deveria ser educativo em casos como homofobia e racismo.
"Não há o direito à ampla defesa, o direito do contraditório, não se entende o que acontece no processo a decisão simplesmente é comunicada pelo site da Conmebol. Como vai se combater o preconceito e não vai se encaminhar um modelo educativo para as pessoas se não há transparência dentro desse processo? É algo que precisa ser questionado urgentemente", conclui.
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