Veja milionários que investiram pesado em clubes e decepcionaram torcedores

Ronaldo e John Textor foram alguns dos pioneiros do modelo SAF (Sociedade Anônima do Futebol) no Brasil. Os empresários investiram pesado e adquiriram, respectivamente, Cruzeiro e Botafogo nos últimos meses.

Apesar da novidade, este sistema de gestão já é bastante conhecido fora do país e mostrou diferentes resultados mundo afora — em alguns casos, a decepção foi completa.

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O UOL Esporte reúne, abaixo, alguns milionários que compraram clubes e acabaram deixando os torcedores frustrados. Confira abaixo:

Vincent Tan - Cardiff

Fundador do Berjaya Corporation Berhad, um conglomerado de hotéis e resorts, Vincent Tan comprou o Cardiff City em 2010.

Três anos mais tarde, já com investimentos pesados no clube do País de Gales, ele arrumou uma briga com a torcida e mudou as cores da equipe, de azul para vermelho. A pressão contra a medida, no entanto, surtiu efeito, e o tom habitual foi retomado em 2016.

Dentro de campo, a situação não é nada animadora: depois de discretas participações na Premier League (1ª divisão do Campeonato Inglês), o Cardiff hoje disputa, de maneira coadjuvante, a 2ª divisão — e Tan segue no comando.

Steven Pasko e Josh Wander (777 Partners) - Genoa

Este caso tem ligação direta com o torcedor do Vasco. Sob comando de Steven Pasko e Josh Wander (foto), a 777 Partners, que tem acordo encaminhado para adquirir parte do clube brasileiro, patina na Europa.

Em setembro do ano passado, a empresa norte-americana de investimentos passou a comandar o Genoa, da Itália, promovendo importantes mudanças estruturais.

Até o momento, a consequência da compra é negativa: o clube acaba de ser rebaixado para a 2ª divisão italiana

Cláudio Honigman (Elephant) - Figueirense

O empresário Cláudio Honigman decidiu se aventurar no mundo do futebol ao virar proprietário, ainda em 2017, do Figueirense, tradicional clube catarinense que passava por uma enorme crise financeira.

Dono da Elephant — que oficialmente geriu o time por dois anos —, ele passou por inúmeros problemas (e polêmicas) em Florianópolis, chegando a ser acusado de sacar dinheiro do clube pelo sucessor.

Em campo, as consequências foram trágicas: a equipe até conseguiu se manter na Série B em 2018 e 2019, mas caiu em 2020. Na época, o Figueira chegou a tomar WO por não entrar em campo devido ao atraso salarial dos atletas. Hoje, o time joga a Série C.

Stan Kroenke - Arsenal

O bilionário norte-americano Stan Kroenke, famoso por comandar alguns times de basquete, futebol americano e hóquei em seu país, decidiu comprar o Arsenal ainda em 2011.

Desde então, o time não faturou nenhuma edição do Campeonato Inglês e nem chegou perto de conquistar a Champions League, faturando apenas algumas edições da Copa da Inglaterra e da Supercopa.

Kroenke, aliás, chegou a figurar entre as 350 pessoas mais ricas do mundo de acordo com a Forbes no ano passado, com um patrimônio estimado em US$ 8,2 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões na cotação atual).

Joel e Avram Glazer - Manchester United

Tradicionalíssimo no futebol inglês, o Manchester United tem como proprietários os irmãos Joel e Avram Glazer, que assumiram o clube em 2014 após a morte do pai, o bilionário norte-americano Malcom Glazer.

Foi justamente com a mudança de direção que os problemas se acentuaram. Depois de faturar os principais torneios europeus nos anos 2000, o time vem de cinco temporadas sem um título sequer — as últimas conquistas aconteceram na temporada 16-17, com os títulos da Copa da Liga Inglesa e da Liga Europa.

A relação da família Glazer com a torcida, aliás, é péssima. Constantemente, há protestos contra a atual direção e, no ano passado, alguns fãs conseguiram invadir o gramado do Old Trafford para protestar.