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Roger muda ataque, não consegue vitória e Grêmio enfrenta pior série do ano

Elkeson foi titular do Grêmio pela primeira vez, ao lado de Diego Souza, mas ataque passou em branco -  Pedro H. Tesch/AGIF
Elkeson foi titular do Grêmio pela primeira vez, ao lado de Diego Souza, mas ataque passou em branco Imagem: Pedro H. Tesch/AGIF

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

20/05/2022 04h00

Elkeson e Diego Souza foram a campo, e o Grêmio até foi diferente, mas, no fim, o resultado acabou sendo o mesmo. A mudança proposta por Roger Machado foi insuficiente para o time gaúcho voltar a vencer na Série B do Brasileiro. Pior: o time, agora, vive a pior sequência de jogos da temporada e mergulha de cabeça em ambiente de pressão.

O empate sem gols com o Criciúma, na noite de ontem (19), mantém o Grêmio fora do G4. O time gaúcho, aliás, esteve no topo da tabela em somente três das oito rodadas da Série B.

É fato. Roger viu os problemas recentes, apresentados contra Cruzeiro e Ituano, e tentou mudar. Mexeu depois da derrota em Belo Horizonte, não deu resultado. Mexeu após o empate em Itu, não surtiu efeito. Em três partidas, o time marcou apenas um gol. Somou dois pontos em nove e despencou na tabela. Saiu de quarto para sexto e pode terminar a rodada em sétimo lugar.

Também é real. As mudanças de Roger Machado foram bem distintas entre as partidas. Assim como no decorrer dos jogos. E o discurso depois das rodadas mais recentes foi distintos, igualmente.

Depois do empate com o Criciúma, o treinador disse que o desempenho foi suficiente para a vitória. Mas no fim, faltou algo na hora de concluir. As palavras encontram, outra vez, um fato. De acordo com o SofaScore, especializado em estatísticas, o Grêmio finalizou 21 vezes diante do Tigre. Sete destas conclusões foram no gol. E assim, o time gaúcho manteve a média de aproveitamento da pontaria na Série B do Brasileirão.

A consequência de todo o cenário é que o Grêmio vive, agora, o pior momento do ano. Em termos de resultado com certeza, em termos de desempenho quase lá. Com Vagner Mancini, no início de 2022, foram quatro partidas com três vitórias e um empate. O rendimento, porém, era fraco e houve a demissão. Com Roger Machado, fora duas séries de dois jogos sem vitória. Ou seja, nunca o Grêmio ficou tanto tempo sem vencer na atual temporada.

O desafio, agora, é triplo: vencer, melhorar o desempenho e ficar distante da pressão externa. A pergunta é como conseguir isso.

"Justamente tentar fazer a avaliação mais sensata possível. Deixando a paixão pelo resultado não contaminar as avaliações. O último jogo foi de primeiro tempo ruim, ou melhor, muito ruim. E segundo tempo foi de razoável para bom. A gente tenta pontuar isso e tenta não permitir que o ambiente externo contamine a parte interna do clube. É muito difícil? Obviamente é muito difícil (...) De toda maneira, tenho que tentar blindar do externo. Eu não absorvo, no máximo é aqui, ao dar explicações e falar com vocês, ver o que está sendo movido do lado externo. Aí eu filtro, algo eu passo (ao elenco) e algo guardo a mim", declarou Roger Machado, treinador do Grêmio.

O próximo jogo do Grêmio é diante do Glória-RS, pela Recopa Gaúcha, na terça-feira (24). Na Série B, o time volta a campo contra o Vila Nova, em Goiânia, no dia 29.

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