Advogado vê 'indícios de inocência' do corintiano Rafael Ramos após perícia
Responsável pela contratação da perícia técnica que concluiu que o lateral Rafael Ramos, do Corinthians, não falou a palavra 'macaco' ao volante Edenilson, do Internacional, o advogado Daniel Bialski entende que o documento publicado, ontem (20), é definitivo para a resolução do caso. O jogador português é acusado de ter tido uma fala racista, no último sábado (14), e aguarda investigação da Polícia Civil.
"Uma perícia, independentemente de particular ou pública, é feita por um profissional. O perito tem obrigação legal, sob pena de responder judicialmente, de colocar a verdade em sua assinatura. O Rafael não falou a palavra macaco. A perícia foi feita por peritos que nasceram com problemas de fala, são especialistas em leitura labial, possuem formação nisso e o laudo é extremamente detalhista. Os vídeos mostram que o Rafael não fez e não proferiu qualquer fala racista", argumentou o advogado, em entrevista ao UOL Esporte.
Ainda segundo Bialski, o laudo emitido pelo Centro de Perícias de Curitiba, não é o único contratado pela defesa em busca da prova da inocência de Rafael Ramos. Além da leitura labial no vídeo da transmissão da partida feita pelo canal Premiere, o advogado busca outras evidências que comprovem sua tese e livrem o atleta do Corinthians das acusações.
"O primeiro laudo, ainda que feito pela defesa, é escrito e assinado por três peritos. Eles afirmam que o ato de injúria racial não aconteceu. Ainda que haja outra perícia que diga o contrário, temos todos os indícios da inocência do Rafael. Não estamos dizendo que o Edenilson está mentindo, mas ele escutou uma coisa errada, ele se enganou. Não tenho dúvidas da inocência do Rafael. Felizmente, tinha a gravação da televisão. A força desta perícia é evidenciar que não houve menção racista."
A investigação ainda está em curso e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul aguarda laudo técnico do IGP (Instituto Geral de Perícias) para concluir o inquérito do caso. A delegada Ana Luisa Caruso, da 2ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, enviou os vídeos para a perícia de leitura labial na última terça-feira (17). O IGP tem até um mês para concluir a análise, mas planeja apresentar parecer antes do final do prazo.
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