Como Paulo Sousa encaixou e fez funcionar dupla Pedro e Gabigol no Flamengo
Pedro e Gabigol foram titulares e protagonistas do Flamengo na vitória por 1 a 0 sobre o Goiás na tarde de ontem (21), no Maracanã, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Os dois não iniciavam juntos uma partida desde o dia 20 de março, ou seja, há mais de dois meses.
A aposta do técnico Paulo Sousa, respaldado pela diretoria no cargo apesar da pressão de grande parte da torcida, foi tirar um volante para encaixar a dupla e fazer o quinteto ofensivo ao lado de Everton Ribeiro, Arrascaeta e Bruno Henrique. O português mostrou uma variação tática diferente e mudou o posicionamento de Gabigol.
Como Pedro foi escalado como a referência do ataque e atuou centralizado, Gabigol jogou em uma função mais recuada do que de costume, praticamente como armador. O camisa 9, portanto, ficou mais longe da área, mas ganhou a responsabilidade de distribuir passes importantes ao longo da etapa inicial.
Sobretudo no primeiro tempo, quando o Flamengo teve mais volume de jogo, Gabigol se destacou na criação de jogadas, inclusive no lance que resultou no primeiro gol, com passe de trivela para Matheuzinho dar a assistência para Pedro.
Apesar de ter mantido Pedro em campo os 90 minutos, Paulo Sousa alertou para o cansaço do centroavante (e de outros atletas) ao explicar a queda de rendimento da equipe no segundo tempo.
"Temos um Pedro que, em termos competitivos, não tem tanto volume de jogo para manter ritmos elevados. Outros jogadores também com alguma dificuldade. É muito complicado jogar contra essas equipes, que esticam muito o jogo em transições ofensivas. Isso dispõe muita intensidade mental, também é cansaço, para poder tomarmos as melhores decisões", disse o português.
O Flamengo volta a campo na terça (24), às 21h30, quando enfrenta o Sporting Cristal-PER, no Maracanã, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. O time já está classificado às oitavas de final do torneio continental.
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