Corinthians busca o empate com o São Paulo e mantém o tabu e a liderança
Os oito anos de tabu na Neo Química Arena foram mantidos pelo Corinthians contra o São Paulo em um jogo em que a equipe alvinegra demorou para se encontrar. O time alvinegro saiu atrás no placar, com gol de Calleri, e poderia ter sofrido uma goleada dentro de casa se não fosse a tarde inspirada do goleiro Cássio. No segundo tempo, a troca de Vítor Pereira foi decisiva. Adson aproveitou cruzamento de Lucas Piton e garantiu o empate por 1 a 1.
O resultado não apenas deixa o tabu vivo como mantém o Corinthians na liderança do Brasileirão, com 14 pontos. O São Paulo, que nunca venceu na Neo Química Arena, perdeu a chance de pular para a ponta da competição e termina a rodada na terceira colocação, dois pontos atrás do líder.
O empate de hoje leva o tabu para 16 jogos. O Corinthians soma 10 vitórias dentro de casa, enquanto outros seis empates marcam a história do confronto na Neo Química Arena.
Para além do resultado, o São Paulo volta para casa reclamando de um lance polêmico envolvendo Renato Augusto no primeiro tempo. O meia corintiano, caído, tocou com a bola na mão dentro da área. O árbitro Wilton Pereira Sampaio mandou o jogo seguir.
Live do Corinthians
Live do São Paulo
O que vem agora
As duas equipes voltam as suas atenções para as competições continentais. Já classificado para o mata-mata da Copa Sul-Americana, o São Paulo recebe o Ayacucho-PER, na quarta-feira (25), no encerramento da fase de grupos.
O Corinthians, por outro lado, joga pela classificação na Libertadores. A equipe recebe o Always Ready-BOL, na quinta-feira (26), pela última rodada da fase de grupos. Um empate já será suficiente para colocar o time alvinegro na próxima fase.
Cronologia do jogo
O São Paulo teve as melhores chances do primeiro tempo e não abriu o placar cedo apenas porque Cássio estava em uma tarde inspirada. Do outro lado, o Corinthians não conseguia incomodar Jandrei. Quando conseguiu, foi às redes com Jô, aos 35 minutos da primeira etapa, mas a arbitragem anulou o lance por impedimento.
Quinze minutos mais tarde, o São Paulo, enfim, balançou as redes. Jonathan Calleri dominou cruzamento e tocou na saída de Cássio. O argentino ainda teria mais duas chances antes do intervalo, mas parou nas defesas do goleiro corintiano.
No segundo tempo, o São Paulo marcou o segundo gol, mas que também acabou anulado por impedimento. Eder, aos 17 minutos, recebeu passe enfiado de Calleri, driblou Cássio e mandou para as redes. O camisa 23, contudo, estava um pouco adiantado.
A bola na rede que valeu aconteceu aos 34 minutos do segundo tempo. Adson aproveitou cruzamento de Lucas Piton e empatou o jogo para o Corinthians.
O melhor: Cássio
O tabu na Neo Química Arena não foi quebrado porque o goleiro corintiano estava em uma grande tarde. Cássio fez pelo menos quatro defesas que foram decisivas para que o Corinthians não perdesse o jogo.
Quem foi mal: Willian
O camisa 10 fez uma de suas piores atuações pelo Corinthians. Errou lances simples e não conseguiu ser efetivo, ficando muito isolado no lado esquerdo do ataque.
Cássio salva Corinthians, mas preocupa
Não fosse o goleiro do Corinthians, o São Paulo teria resolvido o jogo ainda no primeiro tempo. Cássio foi, com sobras, o melhor em campo pelo Timão e fez diversas defesas difíceis. A primeira delas em finalização de Alisson, depois em cabeçada de Calleri. No último lance da etapa inicial, fez uma sequência impressionante de três defesas para impedir que o time ficasse em uma desvantagem ainda maior.
No segundo tempo, mais uma boa defesa do goleiro preocupou o torcedor. Cássio defendeu a cabeçada de Igor Gomes, mas sentiu o ombro na queda. Ele precisou ser substituído por Matheus Donelli.
São Paulo reclama de dois toques de mão
O São Paulo reclamou no primeiro tempo de dois toques de mão de jogadores do Corinthians dentro da área. O principal deles aconteceu aos 19 minutos. Caído no chão, Renato Augusto fez o gesto de espalmar a bola. O árbitro Wilton Pereira Sampaio, próximo ao lance, mandou a jogada seguir.
Durante a transmissão da TV Globo, o ex-árbitro Salvio Spínola concordou com a decisão de Sampaio. "Esta [mão] é proteção, e a bola ia para o chão, sem ação de bloqueio. É autoproteção, que a regra permite", disse.
No fim do primeiro tempo, outro lance. Em um bombardeio do São Paulo, Cássio defendeu chute de Jonathan Calleri na pequena área. No rebote, a bola bateu na mão de Raul Gustavo que estava apoiada no chão. Wilton Pereira Sampaio, mais uma vez, mandou o jogo seguir e encerrou o primeiro tempo.
Ceni muda posição de Rodrigo Nestor, que leva a melhor contra Du Queiroz
O São Paulo foi à Neo Química Arena postado em um esquema 5-2-2-1, com Rodrigo Nestor atuando como primeiro volante. Mas após oito minutos de partida, Rogério Ceni decidiu alterar o posicionamento. Igor Gomes passou a jogar mais recuado, e o camisa 25 avançou para duelar com Du Queiroz.
Durante o primeiro tempo, o jovem corintiano levou a melhor apenas em um lance, quando Nestor foi desarmado na lateral de sua área. Afora isso, controle total do camisa 25 no duelo. O meia encontrou liberdade para fazer a transição da defesa para o ataque e acertou um ótimo cruzamento que Cássio espalmou.
Calleri volta a brilhar contra o Corinthians
A estrela de Jonathan Calleri voltou a brilhar em um clássico contra o Corinthians. Depois de ter três chances defendidas por Cássio no primeiro tempo, o argentino aproveitou a oportunidade antes do intervalo para colocar o São Paulo em vantagem.
O gol marcado aos 50 minutos do primeiro tempo foi o terceiro de Calleri contra o Corinthians em quatro jogos que fez diante do rival em sua segunda passagem pelo São Paulo. Na vitória por 2 a 1 na semifinal do Paulistão, o argentino não balançou as redes, mas deu uma assistência.
Duelo de mudanças faz Corinthians melhorar no segundo tempo
A vantagem no placar fez com que Rogério Ceni decidisse voltar para o segundo tempo com três alterações e um novo esquema tático. Saíram Luciano, Reinaldo e Igor Vinícius, e entraram Patrick, Rafinha e Eder. As mudanças fizeram com que o São Paulo atuasse no esquema 4-1-3-2, muito utilizado nas partidas no Morumbi.
Vítor Pereira também foi para o segundo tempo com um novo esquema. Adson entrou na vaga de Gil, e o Corinthians começou a atuar em um 4-3-3. As trocas melhoraram o time alvinegro, que começou a incomodar o São Paulo.
Em dois lances seguidos, o Corinthians quase empatou o jogo em erros do São Paulo. No primeiro, Jandrei ficou no meio do caminho e Jô chutou desviado. Na sequência, Diego Costa tentou cortar cruzamento de Mantuan e, por pouco, não mandou para o próprio gol.
A perda de espaço no meio de campo fez com que Rogério Ceni aumentasse o poder de marcação. Gabriel Neves entrou no lugar de Rodrigo Nestor. Em um de seus primeiros lances, o uruguaio iniciou a jogada que terminou no gol de Eder. O camisa 23, contudo, estava impedido e a jogada foi anulada.
Torcida do Corinthians pede Róger Guedes, mas VP 'ignora'
No segundo tempo, quando o Timão perdia por 1 a 0, houve um coro entre torcedores querendo a entrada e gritando o nome de Róger Guedes. Vítor Pereira, porém, não atendeu aos pedidos e manteve o atacante no banco durante os 90 minutos.
Trocas de VP dão resultado, e Adson mantém tabu
O atacante, que entrou em campo no intervalo, foi o responsável por empatar o jogo, aos 34 minutos do segundo. Ele cabeceou após boa troca de passes, com participação de Júnior Moraes e assistência de Lucas Piton, que também foram colocados por Vítor Pereira no segundo tempo. Tabu mantido em Itaquera.
O jogo do Corinthians: variação tática de VP dá certo
Vítor Pereira surpreendeu e escalou um time com três zagueiros, armado no 3-5-2. A estratégia não deu certo, e o Corinthians foi atropelado pelo rival no primeiro tempo. A única vez que ameaçou o São Paulo foi no lance do gol anulado de Jô. De resto, só conseguiu se manter vivo na partida graças a Cássio, que fez defesas fundamentais.
No intervalo, VP alterou a formação e voltou a equipe para o tradicional 4-3-3, com Adson no lugar de Gil. Mantuan, portanto, virou lateral-direito. Com a variação tática, o Timão começou mal, mas se animou e cresceu no jogo após o Tricolor diminuir o ritmo. Ensaiou uma pressão e conseguiu o empate com Adson após boa troca de passes no ataque.
O jogo do São Paulo: dominante no primeiro tempo, mas refém no segundo
A escalação com três zagueiros fez com que o São Paulo dominasse todo o primeiro tempo. Se não fosse por Cássio, o bom desempenho são-paulino, principalmente com Rodrigo Nestor, teria sido suficiente para uma vitória confortável.
No segundo tempo, contudo, as mudanças de Rogério Ceni dificultaram a vida do São Paulo. A equipe não conseguiu encaixar a marcação com uma linha de quatro defensores e passou a ser pressionada pelo Corinthians. O gol de empate saiu justamente em uma inversão de jogada, algo que preocupava Ceni quando utilizava essa formação.
Torcida do Corinthians apela para homofobia
Assim como já aconteceu em outros jogos, a torcida do Corinthians utilizou cânticos homofóbicos para tentar provocar o São Paulo. O ato de preconceito teve início antes mesmo de a bola rolar e se estendeu ao longo do duelo. No início do segundo, Wilton Pereira Sampaio paralisou a partida para avisar ao quarto árbitro sobre os cânticos.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1 X 1 SÃO PAULO
Competição: Campeonato Brasileiro, 7ª rodada
Estádio: Neo Química Arena, em São Paulo (SP)
Data e horário: 22 de maio de 2022, às 16h (de Brasília)
Público: 44.672 pagantes
Renda: R$ 3.688.132,50
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO)
Assistentes: Bruno Raphael Pires (Fifa-GO) e Bruno Boschilia (Fifa-PR)
VAR: Daiane Caroline Muniz dos Santos (Fifa-SP)
Cartões amarelos: Du Queiroz, João Victor (COR); Diego Costa, Alisson (SPFC)
Gols: Calleri, aos 50 minutos do primeiro tempo (SPFC); Adson, aos 34 minutos do segundo tempo (COR)
CORINTHIANS: Cássio (Matheus Donelli); João Victor, Gil (Adson) e Raul Gustavo; Mantuan, Du Queiroz, Maycon (Giuliano), Renato Augusto e Fábio Santos (Lucas Piton); Willian (Júnior Moraes) e Jô. Técnico: Vítor Pereira
SÃO PAULO: Jandrei; Diego Costa, Arboleda e Léo; Igor Vinicius (Rafinha), Rodrigo Nestor (Gabriel), Igor Gomes, Alisson (Rigoni) e Reinaldo (Patrick); Luciano (Eder) e Calleri. Técnico: Rogério Ceni
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