VAR viu mão "para se defender" de Renato Augusto em Corinthians x São Paulo
A CBF divulgou hoje (24) o áudio do VAR da partida entre Corinthians e São Paulo, que terminou em empate por 1 a 1, no domingo (22), pelo Brasileirão. No lance mais polêmico do jogo, a árbitra de vídeo Daiane Caroline Muniz dos Santos considerou que Renato Augusto estava se protegendo quando colocou a mão na bola dentro da área corintiana.
"Existe a mão do jogador defensor, porém ele está no chão, não está em ação de bloqueio. Ele coloca essa mão na bola para se defender", diz ela para o árbitro Wilton Pereira Sampaio, que concorda com a decisão.
O lance aconteceu aos 19 minutos do primeiro tempo. Depois de uma cabeçada de Jô, Renato Augusto, caído no chão, encosta na bola com as duas mãos. Os jogadores do São Paulo reclamaram muito da decisão. Na zona mista depois da partida, o atacante Jonathan Calleri disse que não jogava vôlei.
"O Renato é um craque, mas pegar na bola com as duas mãos... Isso é futebol, não é vôlei. Não sei como não foi pênalti", disse.
No comunicado em que divulgou o áudio do VAR, a CBF utilizou a regra 12 para defender que Renato Augusto não tocou com a mão na bola de maneira deliberada. Confira o que diz a regra:
Regra 12
Tocar a bola com a mão/braço
Com objetivo de determinar com clareza as infrações de mão/braço, fica definido que o braço tem início na parte superior da axila, como está demonstrado na figura ilustrativa. Nem todo toque da bola na mão/braço de um jogador é uma infração.
Será uma infração se um jogador:
- Tocar a bola com sua mão/braço deliberadamente. Por exemplo, deslocando a mão/braço na direção à bola;
- Tocar a bola com sua mão/braço, quando sua mão/braço ampliar seu corpo de forma antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural, quando a posição de sua mão/braço não é consequência do movimento ou quando a posição da mão/braço não pode ser justificada pelo movimento do corpo do jogador para aquela situação específica. Ao colocar a sua mão/braço em tal posição, o jogador assume o risco de sua mão/seu braço ser tocada pela bola e, portanto, deve ser punido;
- Marcar um gol na equipe adversária: diretamente do toque da bola em sua mão/braço, mesmo que acidentalmente, inclusive o goleiro; ou imediatamente após a bola tocar em sua mão/braço, mesmo que acidentalmente.
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