VP 'enxuga' minutos dos medalhões e soluciona dilema do Corinthians
Com menos de três meses de trabalho e 20 jogos pelo Corinthians, Vítor Pereira parece ter resolvido um problema que dominava as discussões sobre o time principal: os medalhões. Fiel à sua ideia da necessidade do rodízio e cada vez mais conhecedor das características do elenco, o comandante português tem apostado na mescla entre juventude e experiência — dando espaço aos jovens e tirando a 'cadeira cativa' dos mais rodados.
Desde que o treinador chegou ao clube, os primeiros nomes contratados pela gestão do presidente Duilio Monteiro Alves — Giuliano, Renato Augusto, Willian, Róger Guedes e Paulinho — estiveram juntos em campo por apenas 158 minutos. Considerando a data da grave lesão sofrida por Paulinho, em 1º de maio, os quatro restantes do grupo não compartilharam o gramado por nem um minuto sequer.
Na prática, o tão debatido quinteto do Corinthians acabou por virar uma dupla. Isto porque, com a ausência de Róger Guedes nos dois últimos jogos e a falta de confiança de Vítor Pereira no futebol do atacante, apenas Willian e Renato Augusto mantêm o papel de destaque na equipe. O meia Giuliano, embora ainda bastante utilizado, perdeu espaço para Maycon e, consequentemente, é o protagonismo de outrora.
A situação é curiosa, sobretudo se comparada com os períodos de Sylvinho e Fernando Lázaro, que assumiu o Corinthians interinamente no início desta temporada, enquanto a diretoria negociava a contratação de Vítor Pereira.
No Campeonato Brasileiro do ano passado, Sylvinho contou com os quatro reforços juntos em campo por apenas 267 minutos. Os números são baixos, porém justificados pela lesão muscular sofrida por Willian, que o tirou de combate por sete rodadas. No mais, quando teve a opção de colocar o quarteto em campo, o antigo treinador não perdeu a oportunidade.
Sob o comando de Fernando Lázaro, o Corinthians disputou quatro partidas pelo Paulistão e, em todas elas, os experientes reforços foram utilizados juntos por pelo menos algum tempo. Com o interino, a presença do quinteto em campo de forma simultânea totalizou 222 minutos.
Atualmente, com Vítor Pereira, o clube adotou nova metodologia de trabalho. Ao invés de apostar exclusivamente nos jogadores mais rodados, o português se utiliza desta experiência no processo de integração dos mais jovens. Afinal, dos 32 nomes do elenco profissional, 15 deles são formados na base. A ideia, portanto, consiste no rodízio entre os atletas, porém sempre com formações mescladas.
"Não temos outro caminho, a única possibilidade de o Corinthians ser competitivo é subir o nível dos jovens. Se não subirem o nível, não adquirirem a tranquilidade, ficamos curtos para ser competitivo", discursou o treinador ao longo desta temporada.
Como já rebatido pelo clube no caso Róger Guedes, o 'sumiço' dos medalhões não tem relação com algum possível desentendimento entre Vítor Pereira e alguns nomes do elenco. Por isso, os poucos minutos em campo dos reforços ajudam a traduzir a visão da comissão técnica para a temporada do Corinthians, que briga pelos títulos da Copa do Brasil, Copa Libertadores e Campeonato Brasileiro.
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