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Polivalente, De Pena vira peça-chave no Inter mesmo sem 'padrinho'

Carlos de Pena, meio-campista do Inter, é um dos principais destaques do time - Ricardo Duarte/Inter
Carlos de Pena, meio-campista do Inter, é um dos principais destaques do time Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

27/05/2022 04h00

Carlos de Pena é um dos jogadores mais importantes do Internacional para Mano Menezes. O meio-campista de 30 anos é responsável pela qualidade de passe na saída de bola, dá sustentação para os avanços de Edenilson e também suporte para Wanderson. Tudo isso mesmo após a saída de seu 'padrinho' no clube.

A chegada do uruguaio ao Inter foi inesperada. Ele tinha tudo encaminhado para jogar no Vasco até receber um telefonema do então técnico do time gaúcho, Alexander Medina. Foi a partir do papo com Cacique que o atleta optou por trocar a ida ao Rio de Janeiro para Porto Alegre.

Mas foi pouco tempo trabalhando juntos no Beira-Rio. De Pena foi treinado por Medina em apenas três jogos. Logo o treinador acabou demitido, ameaçando a sequência do atleta na equipe.

Entretanto, nem mesmo a saída do responsável por sua contratação interrompeu a arrancada dele. Até agora foram 13 jogos, com um gol e três, assistências vestindo a camisa vermelha.

Por que De Pena é tão importante?

Para explicar a importância de De Pena para o Inter de Mano Menezes basta enumerar as atribuições que ele recebe e executa — até então com sucesso — na equipe.

O uruguaio, logo de cara, virou responsável pela bola parada. Cobra faltas e escanteios em todos os jogos. Seu gol, contra o Cuiabá, saiu em uma cobrança de pênalti.

Com a bola rolando, De Pena é quem faz a segunda linha de saída de bola, à frente dos zagueiros e de Rodrigo Dourado ou Renê, que se alternam no trio inicial. É ele quem encontra o melhor passe numa zona de campo em que a marcação começa a ser mais firme e a responsabilidade de não perder a posse aumenta.

Ainda que tenha sido contratado como meia-atacante que atua aberto pelo lado esquerdo, ele se firmou mesmo foi como segundo volante. Assim, guarda mais sua função defensiva e dá liberdade para Edenilson atacar livremente pela direita. Mano Menezes costuma dizer que a ação do uruguaio "dá suporte" para que o brasileiro consiga executar seu melhor.

Por fim, a parceria com Wanderson no flanco canhoto foi imediata. O ponta atua da esquerda para o meio e logo se entrosou com De Pena. Dos pés deles costumam nascer as principais jogadas ofensivas do Colorado atualmente.

O próximo compromisso do Inter será na segunda-feira (30), contra o Atlético-GO.

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