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Conversa com Paulo Sousa ajudou Pedro em boa fase no Fla após oscilação

Pedro comemora seu gol, na partida entre Talleres-ARG e Flamengo - Staff Images / CONMEBOL
Pedro comemora seu gol, na partida entre Talleres-ARG e Flamengo Imagem: Staff Images / CONMEBOL

Alexandre Araújo e Letícia Marques

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

28/05/2022 04h00

São cinco gols nos últimos seis jogos. Após oscilar, a boa fase pela qual o atacante Pedro atravessa no Flamengo pode ser traduzida friamente em números, mas também com a participação da comissão técnica nos bastidores, e de uma virada e chave do próprio jogador, que está prestes a fazer 50 gols pelo Rubro-Negro.

O momento do camisa 21 acontece após jejum e até mesmo poucas oportunidades, mas a mudança teve papel, inclusive, do técnico Paulo Sousa. Entusiasta do futebol do centroavante, o treinador chegou a indicá-lo à diretoria do Bordeaux, da França, mas Pedro acabou assinando com a Fiorentina, da Itália.

Agora, trabalhando juntos, houve demora para que os laços se tornassem mais fortes. Paulo Sousa procurou o jogador para diversas conversas, algumas em que detalhou o que precisava do jogador em campo, em relação à movimentação e adaptação ao esquema de jogo.

Uma das que se tornou mais emblemática foi antes do jogo com o Athletico-PR, quando Pedro foi titular após um período no banco. Na ocasião, Sousa foi bastante claro quanto à confiança que tinha no comandado e que ele teria chances de mostrar serviço.

A partir deste compromisso, Pedro passou a receber cada vez mais oportunidade e, no terceiro jogo desta 'virada de chave' com Sousa, desencantou após três meses, ao marcar contra o Altos, pela Copa do Brasil. O duelo marcou também o fim do silêncio do jogador sobre os burburinhos de insatisfação após as notícias do interesse do Palmeiras. À época, chegou a fazer uma publicação em tom de um desabafo nas redes sociais.

A avaliação atual é de que as expectativas atuais estão alinhadas. Em 2022, Pedro, inclusive, precisa de 136 minutos para marcar um gol, contra 149 minutos de Gabigol e 438 minutos de Bruno Henrique, que formam a dupla titular.

Neste período, o atacante também aproveitou para se apegar ainda mais à religião, procurando fortalecer também a parte mental. Tal fato foi externado pelo próprio jogador, após ser eleito o melhor em campo no duelo com o Sporting Cristal, pela Libertadores.

"Passei por um momento delicado, onde mentalmente não estava bem. Pude parar, analisar e voltar a ser quem eu era antes, sempre feliz no dia a dia, tive uma conversa com o Mister que foi muito boa, positiva para eu voltar a trabalhar firme", disse, antes de continuar:

"Percebi evolução nos treinos, o resultado dos treinos vem para os jogos, pude fazer gols, jogar bem, ser feliz no Flamengo. Cabeça tem que estar bem, se a cabeça tiver boa, as coisas vão fluindo. Pude voltar a ter um bom momento e evoluir a cada nos treinos e jogos", completou.