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Veiga vai jogar, e Palmeiras terá dupla responsável por 45% de seus gols

Palmeiras x São Paulo: Raphael Veiga e Gustavo Scarpa comemoram o terceiro gol alviverde - Ettore Chiereguini/AGIF
Palmeiras x São Paulo: Raphael Veiga e Gustavo Scarpa comemoram o terceiro gol alviverde Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Diego Iwata Lima

Do UOL, em São Paulo

28/05/2022 04h00

O Palmeiras terá Raphael Veiga contra o Santos, amanhã (29), na Vila Belmiro, pela oitava rodada do Brasileirão. O meia está livre da covid-19 e vai voltar a ocupar seu lugar no meio-campo. Com isso, Gustavo Scarpa terá, como de hábito, um papel mais à esquerda na criação. E o Alviverde contará de novo com a dupla que responde diretamente por quase metade de seus gols na temporada.

Combinados, Veiga e Scarpa participaram diretamente de 32 dos 71 gols anotados pelo clube em 2022. Raphael, que vive talvez o melhor ano de sua carreira, fez 16 gols e seis assistências. Scarpa balançou a rede cinco vezes, dando mais cinco passes para gol.

Por conta de rodízio, contra o Emelec-EQU, e do afastamento de Veiga por conta de saúde, contra Juventude e Táchira-VEN, Scarpa foi deslocado por Abel para a faixa central do campo por três jogos. E como dublê de seu companheiro, o camisa 14 não deixou a desejar. Contra os venezuelanos, por exemplo, fez três gols. E bateu até pênalti, como Veiga.

Scarpa tem papel duplo no elenco

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Gustavo Scarpa, do Palmeiras, comemora gol diante do Dep. Táchira, pela Libertadores
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Gustavo Scarpa teve um 2021 assustadoramente bom, quando terminou o ano com nada menos que 24 passes para gol. Mas, do ponto de vista tático, talvez esteja construindo um 2022 ainda melhor do que o ano passado.

O camisa 14 vem jogando com mais desenvoltura e movimentação no ataque, contribuindo nem sempre diretamente com gols, mas ajudando bastante na movimentação ofensiva do Palmeiras e na preparação das jogadas.

Dos pés dele saem os lançamentos para os atacantes chegarem à linha de fundo, por exemplo. Scarpa muitas vezes tem ajudado a criar as condições para que os passes a gol sejam feitos. Além de executar viradas de jogo com muita precisão.

Abel Ferreira até tentou um esquema com dois pontas rápidos nesta temporada, com Dudu de um lado e ora com Veron, ora com Wesley do outro. Mas por conta da covid de Wesley e da lesão de Veron, Scarpa retornou ao time com um desempenho que torna muito difícil sacá-lo.

O treinador português nunca deixou isso claro, mas ao tirar Scarpa da equipe titular em alguns dos jogos mais importantes, além de mudar o esquema, havia a impressão de que ele tinha como plano fazer dele um reserva para Veiga no meio, posição na qual o Palmeiras é hoje carente,

Como se viu nos jogos em que Veiga não jogou isso pode até ser verdade, mas não tira Scarpa do setor esquerdo do ataque. Assim, em vez de reserva na meia, o camisa 14 acaba tendo um papel duplo no elenco: ponta quando Veiga joga; meia central quando ele está ausente.

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