Topo

OPINIÃO

Rafa Oliveira: Benzema foi o nome da Champions, mas Courtois foi o da final

Do UOL, em São Paulo (SP)

29/05/2022 04h00

No último sábado (28), o Real Madrid venceu o Liverpool, por 1 a 0, e se sagrou campeão da Champions League pela décima quarta vez em toda a sua história, se isolando mais ainda na liderança. O único gol da partida no Stade de France foi anotado por Vinícius Júnior, já na segunda etapa do confronto.

Na Live Fim de Papo especial, transmitida pelo UOL Esporte após o término da partida em Paris, os jornalistas Júlio Gomes e Rafael Oliveira debateram a respeito dos grandes nomes da final e da competição como um todo. Na visão de ambos, o goleiro Courtois aparece entre os destaques, uma vez que foi crucial na decisão e em outros momentos da campanha.

"É muito difícil falar que o Benzema não é o nome dessa Champions League. Ele foi o cara do campeonato e da temporada. Entretanto, o Courtois ficou bem perto dele e aparece na segunda colocação", disse Júlio Gomes.

"Se pegarmos e avaliarmos o quanto a final tem um peso determinante na temporada, vamos dizer que o Courtois foi o cara. Na minha opinião, o Benzema foi o nome da Champions, mas o Courtois sempre foi um cara importante, então também não é aquele herói improvável que aparece no último jogo, brilha e pronto. Ele foi importante a cada fase. Toda a construção desse título pelo Real Madrid passou por alguns nomes muito importantes, com ele sendo sempre uma das peças determinantes", afirmou Rafael Oliveira.

Em seguida, Rafael relembrou momentos em que o goleiro belga foi fundamental. Logo depois, o comentarista fez um comparativo de Courtois com o que fez Casillas no passado dentro do clube espanhol.

"O Real Madrid foi superado em todas as fases dessa Champions. Então, em todos os confrontos, a equipe teve períodos de inferioridade, em que estava nas cordas, e quem aparecia sempre era o Courtois. Não era só ele, evidentemente, mas o que ele fez hoje foi uma das grandes exibições de um goleiro em finais dessa competição. O que ele conseguiu me lembrou muito um garoto chamado Iker Casillas, que saiu do banco naquela final entre Real e Bayer Leverkusen, e virou o herói da conquista. Mesmo assim, aquela atuação não foi tão incrível como a de hoje", relembrou Rafael Oliveira.

"Na minha visão, essa atuação do Courtois foi a melhor de um goleiro na final desde 2002. A decisão foi do Courtois, assim como a de 2002 foi do Casillas. Apesar disso, acredito que aqui no Brasil essa final sempre será lembrada pelo gol do Vinícius Júnior, enquanto que mundo a fora deve acabar sendo lembrada por conta da confusão antes do início", finalizou Júlio Gomes.