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Ao STJD, Rafael Ramos mantém versão e nega ter dito 'macaco' a Edenilson

Edenílson, do Inter, discute com Rafael Ramos, do Corinthians em jogo no Beira-Rio - MAX PEIXOTO/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO
Edenílson, do Inter, discute com Rafael Ramos, do Corinthians em jogo no Beira-Rio Imagem: MAX PEIXOTO/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO

Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

31/05/2022 15h20

O lateral Rafael Ramos, do Corinthians, prestou depoimento hoje (31) no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) e voltou a afirmar que não chamou o volante Edenilson, do Internacional, de 'macaco' em partida realizada entre as duas equipes no dia 14 de maio, no Beira-Rio. O caso está sendo investigado pelo STJD e também pela Polícia Civil de Porto Alegre.

"O Rafael reafirmou que em momento algum fez referência preconceituosa ou racista ao Edenilson. Ele, inclusive, falou que possui laços estreitos com pessoas afrodescentes ao mencionar que morou, dividiu casa, com jogadores negros enquanto atuava nos Estados Unidos", afirmou o advogado Daniel Bialski, representante legal de Rafael Ramos, em contato com o UOL Esporte.

O jogador do Corinthians esteve acompanhado pelo seu advogado e também por Alessandro Nunes, gerente de futebol do Timão. A defesa do atleta apresentou o laudo encomendado ao Centro de Perícias de Curitiba, publicado no dia 20 de maio. O documento afirma que Rafael Ramos teria dito 'pô, caralho' ao invés de 'macaco' — conforme denunciado por Edenilson.

"O Rafael também explicou que não conhecia essa expressão porque ela não existe em Portugal. Ele disse a verdade, nunca utilizou essa expressão. O laudo que nós fizemos foi apresentado e entrou nos laudos do processo", explicou Bialski à reportagem.

Na semana que vem, o STJD colhe o depoimento do volante Edenilson para julgar o caso. Desportivamente, Rafael Ramos pode pegar um gancho de cinco a dez partidas além de uma multa de até R$ 100 mil ao ser enquadrado no artigo 243-G do CBDJ (Código Brasileiro de Justiça Desportiva).

O jogador também pode ser denunciado a responder criminalmente pelo ato de injúria racial. A Polícia Civil de Porto Alegre ainda trabalha na investigação do caso e aguarda a conclusão de perícia oficial.

Defesa prepara novos relatórios

O escritório Bialski Advogados Associados contratou outros peritos para a análise das imagens da partida no Beira-Rio e deve divulgar amanhã (1°) um novo laudo. A defesa de Rafael Ramos trabalha para juntar a maior quantidade possível de documentos para provar a inocência do lateral do Corinthians caso ele denunciado à Justiça.

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