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Temporada confusa do Corinthians afeta até mesmo o cerebral Renato Augusto

Renato Augusto, do Corinthians, comemora gol sobre o Bragantino - Danilo Fernandes/Framephoto/Estadão Conteúdo
Renato Augusto, do Corinthians, comemora gol sobre o Bragantino Imagem: Danilo Fernandes/Framephoto/Estadão Conteúdo

Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

01/06/2022 04h00

Uma das principais contratações do Corinthians na temporada passada, o meia Renato Augusto tem caído de rendimento nos últimos jogos e participado cada vez menos dos gols anotados pela equipe. O calendário apertado, a mudança de comissão, a implementação do rodízio e os seguidos desfalques do Timão nos últimos meses ajudam a explicar a oscilação do camisa 8.

Do início do Campeonato Paulista, em 25 de janeiro, até a véspera da estreia corintiana na Copa Libertadores, em 5 de abril, Renato Augusto participou efetivamente (gol ou assistência) de uma bola na rede do adversário a cada 272 minutos de campo. De lá para cá, a estatística do meio-campista subiu para uma contribuição a cada 715 minutos.

O técnico Vítor Pereira foi questionado recentemente sobre o tema e deu sua versão sobre os motivos que fizeram Renato Augusto cair tanto de rendimento. Segundo o português, o desempenho do meia está diretamente ligado às variações pelas quais a equipe passou nas últimas semanas e também com a necessidade de improvisação por conta das seguidas lesões no elenco.

"O Renato jogava do lado esquerdo com uma dinâmica com o lateral e o ponta-esquerda. Essa ligação entre eles tornava o Renato mais influente da esquerda para dentro. Como queríamos dar respostas defensivas, deslocamos o Renato para a direita, para que nas situações defensivas ele não fosse o jogador que ficasse ao lado do volante e ficasse mais alto para não defender atrás. Essa alteração de função o prejudicou e tirou sua confiança", explicou o treinador no dia 27 de maio, última sexta-feira.

Nos dois últimos meses, em média, o Corinthians entrou em campo a cada três dias. Considerando as viagens, o tempo de recuperação e os raros treinamentos com o elenco completo no CT Joaquim Grava, a comissão técnica se viu obrigada a rodar o elenco para se manter viva nas três competições que disputa: Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores.

As idas de Paulinho, Luan, Fagner, Jô, João Victor, João Pedro, Willian, Cássio, Júnior Moraes, Raul Gustavo, Robson Bambu e Bruno Melo ao departamento médico atrapalharam ainda mais o planejamento de Vítor Pereira. Por isso, as mudanças do esquema tático e as seguidas improvisações acabaram por impactar no desempenho de Renato Augusto.

Segundo apurou a reportagem com pessoas que trabalham no CT Joaquim Grava, o empenho e a dedicação do camisa 8 seguem inabaláveis. O jogador é um exemplo dentro do elenco, trabalha com um personal trainer que monta uma rotina de exercícios diários em alinhamento com a programação da comissão técnica e possui postura de extremo profissionalismo nos bastidores, sendo referência aos atletas mais jovens.

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