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Período sem Arboleda vai mostrar qual o status de Miranda no São Paulo

Miranda durante treino do São Paulo, no CT da Barra Funda - Reprodução/Twitter/SaoPauloFC
Miranda durante treino do São Paulo, no CT da Barra Funda Imagem: Reprodução/Twitter/SaoPauloFC

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

02/06/2022 04h00

A convocação de Arboleda à seleção do Equador deixará uma lacuna a ser preenchida na defesa do São Paulo. Sem participar dos treinos desde o início da semana, o equatoriano desfalcará a equipe de Rogério Ceni em até três rodadas do Brasileirão: Avaí (4), Coritiba (9) e América-MG (12).

A ausência da dupla de Diego Costa na zaga são-paulina será a chance de recuperação de Miranda. Titular absoluto com Hernán Crespo e o próprio Rogério Ceni na temporada passada, o veterano perdeu espaço no início desta temporada, depois de atuação repleta de falhas contra o Red Bull Bragantino.

Com o rodízio proposto por Ceni ao elenco desde o início da temporada, Miranda foi escalado em partidas de menor nível técnico, principalmente na Copa Sul-Americana. Desde o início do ano, o zagueiro de 37 anos atuou apenas três vezes como titular contra equipes da Série A: Red Bull Bragantino e Santos, pelo Paulistão, e Juventude, no jogo de ida da Copa do Brasil.

Miranda ainda não atuou no Brasileirão, que é a competição apontada por Rogério Ceni como prioridade para a temporada. Em contrapartida, é o jogador que acumula mais tempo em partidas pelas Copa Sul-Americana, com 479 minutos em cinco partidas - o segundo lugar é de Rigoni, outro que perdeu espaço, com 428 minutos em seis jogos.

Mesmo com menos espaço do que no ano passado, quando foi titular de 45 das 46 partidas que fez, Miranda ainda é considerado um dos líderes do elenco. Em mais de uma coletiva, Rogério Ceni considerou o veterano como um de seus capitães, mesmo quando não usa a braçadeira. Na atual temporada, o zagueiro atuou em 13 jogos, sendo 12 como titular.

Esquema com três zagueiros vira esperança para Miranda

Um dos motivos para a perda de espaço de Miranda foi o esquema tático. Ceni adotou como padrão nas principais partidas a formação 4-1-3-2, com apenas dois zagueiros. Foi jogando assim que o veterano teve a sua pior atuação, na derrota por 4 a 3 para o Red Bull Bragantino, no início da temporada.

Desde a partida de volta contra o Juventude, pela Copa do Brasil, no entanto, Rogério Ceni tem se mostrado mais aberto à opção de jogar com três zagueiros. Além do duelo contra os gaúchos, ele escalou a equipe assim nos empates com Corinthians e Ceará, pelo Brasileirão, e na vitória contra o Ayacucho (com reservas), pela Copa Sul-Americana.

O sistema é o que mais favorece Miranda. Seu melhor momento com Hernán Crespo no ano passado foi atuando ao lado de outros dois zagueiros. O veterano costuma ser escalado na sobra, função que exige menos o esforço físico e mais posicionamento, quesito em que Miranda sempre se destacou.

Foi atuando assim que o veterano atingiu um dos objetivos traçados em sua volta para o São Paulo. Ele foi convocado por Tite para as partidas da seleção brasileira contra Chile, Peru e Argentina, em setembro do ano passado, voltando a ser convocado após dois anos.

Mesmo que Ceni opte pela volta da linha com quatro defensores, o veterano acaba sendo uma opção pela escassez no setor. Além de Diego Costa e de Miranda, o treinador tem à disposição apenas o jovem Luizão e Léo, já que Beraldo foi convocado para a seleção brasileira sub-20 e também será desfalque.

A primeira oportunidade de saber o status de Miranda no São Paulo será no sábado (4). A equipe de Rogério Ceni vai a Florianópolis enfrentar o Avaí, às 19h (de Brasília), pela nona rodada do Brasileirão.

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