Estádio do Avaí é pesadelo para o São Paulo e já causou crise no Morumbi
As atuações fora de casa têm sido um problema para o São Paulo no Brasileirão. Nos quatro jogos disputados até aqui, foram apenas três pontos somados. Hoje (4), às 19h (de Brasília), a equipe de Rogério Ceni tem a chance de melhorar o desempenho, ao enfrentar o Avaí. Mas se depender do retrospecto na Ressacada, o trabalho não será nada fácil.
Nos sete jogos oficiais que fez no estádio catarinense, o São Paulo venceu apenas um, com quatro empates e duas derrotas. A mais marcante aconteceu em maio de 2011, pelas quartas de final da Copa do Brasil.
O São Paulo foi para a Ressacada em vantagem, depois de vencer o primeiro jogo por 1 a 0. A situação ficou ainda melhor quando Casemiro abriu o placar aos 15 minutos. A equipe comandada por Paulo César Carpegiani, contudo, viu o Avaí virar o jogo para 3 a 1 e garantir a vaga na final da competição.
"Lembro bem desse jogo, desse mata-mata. A gente conseguiu levar uma vantagem para lá e ainda abrir o placar, mas eles conseguiram com muita pressão encurralar a gente. A gente não conseguiu ter mais saída de jogo. De tanto martelarem, conseguiram o placar que deixou a gente de fora", relembra o ex-lateral Juan, titular do São Paulo naquele jogo.
"A gente não conseguiu reagir por uma série de questões. Dentre elas, o clima daquele estádio, com uma temperatura um pouco mais baixa e a torcida pressionando", prossegue.
O resultado causou uma crise no São Paulo ainda dentro de campo. No banco durante todo o jogo, o meia Rivaldo foi aos microfones criticar a decisão de Carpegiani de não o colocar na partida.
"Foi uma humilhação não ter entrado. Da minha pessoa, eu não precisava passar por isso, mas estou tão feliz com a torcida, que me empolga. Com todo respeito a quem entrou, tenho mais experiência. Estou no São Paulo para jogar, não para fazer número. Eu seria uma oportunidade boa, mas não entrei, fazer o quê?", disse Rivaldo.
A eliminação fez com que os muros do Morumbi amanhecessem pichados no dia seguinte. Muito pressionado, o técnico Paulo César Carpegiani foi demitido um mês e meio depois. Rivaldo permaneceu até o fim da temporada, mas não teve seu contrato renovado.
Clima e torcida: Ressacada é um alçapão
Juan tem bastante conhecimento sobre como é jogar na Ressacada. Ele atuou no estádio nesse duelo tanto com a camisa do São Paulo quanto com a do Avaí. Além da marcante eliminação, ele estava do lado tricolor na única vitória, em agosto de 2011, pelo Brasileirão.
Mas nem quando saiu de lá com os três pontos, o São Paulo teve vida fácil. A vitória veio de virada, com dois gols de Cícero, que fazia sua estreia como titular da equipe tricolor.
Com a experiência de atuar nos dois lados, Juan elenca as particularidades da Ressacada que faz com que seja tão difícil vencer o Avaí lá. "Dependendo da época do ano, você tem bastante vento por ser na ilha. Um clima também de chuva, que torna o campo muito rápido. E é um estádio em que a torcida fica próxima do campo. Eles são uma torcida muito apaixonada pelo clube e que faz muito barulho, joga junto com o time".
Juan atuou pelo Avaí em 2017. Já veterano, foi titular da equipe catarinense no duelo contra o São Paulo no Brasileirão daquele ano. Além de toda a atmosfera da Ressacada, a partida tinha o elemento de as duas equipes estarem desesperadas brigando contra o rebaixamento.
O empate por 1 a 1, na 21ª rodada da competição, deixou as equipes na zona de rebaixamento. O São Paulo conseguiu melhorar na parte final do campeonato e evitou a inédita queda. O Avaí, por outro lado, foi para a Série B ao terminar na 18ª colocação.
As duas equipes voltam a se enfrentar hoje pela nona rodada do Brasileirão. O São Paulo está na quinta colocação, com 13 pontos, enquanto o Avaí é o 13º, com 10.
FICHA TÉCNICA:
AVAÍ x SÃO PAULO
Competição: 9ª rodada do Brasileirão
Data e hora: 4 de junho de 2022, às 19h (de Brasília)
Local: Estádio da Ressacada, em Santa Catarina (SC)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Auxiliares: Rafael da Silva Alves e Michael Stanislau (ambos RS)
VAR: Wagner Reway (PB)
AVAÍ: Vladimir, Kevin, Rodrigo Freitas, Arthur Chaves, Bruno Cortez, Raniele, Eduardo, Bruno Silva, Morato, Bissoli e Muriqui (Pottker). Técnico: Eduardo Barroca
SÃO PAULO: Jandrei; Igor Vinícius, Diego Costa, Léo (Miranda), Welington; Pablo Maia, Patrick (André Anderson), Rodrigo Nestor, Alisson; Éder e Calleri. Técnico: Rogério Ceni
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